Bastou o presidente Donald Trump ser eleito, que a guerra entre Rússia e Ucrânia caminha para o fim. A possiblidade de desfecho não decorre da possibilidade de Trump enfrentar militarmente a Rússia – até porque o Kremilin tem mais poder bélico nuclear do que os EUA -, mas pelo fato do presidente americano ser um excelente negociador e entender bem a relação risco-retorno.
Trump sempre disse que com ele a guerra jamais teria ocorrido. Possivelmente sim, pois Trump sabia que não valeria a pena insistir com a Ucrânia na Otan e nem patrocinar grupos rebeldes, pró-Ocidente para desrespeitar os acordos de Minsk. Trump entendia que bancar uma Ucrânia pró Ocidente significaria enfrentar a Rússia no mundo real.
Entretanto, o caminho escolhido não foi esse. Biden – apoiado pelos Democratas e Neocons – decidiu escalar o conflito e enfrentar a Rússia. A guerra escalou, bilhões de dólares foram perdidos, a Ucrânia foi devastada, e milhares de pessoas morreram ou deixaram o país. Além disso, aproximou a Rússia da China, trouxe aumento de preço de energia, causando inflação na Europa, e fomentou intenções dentro dos BRICS para não utilizarem o dólar como moeda global.
Em resumo, com todas essas consequências, a Rússia se fortaleceu. Trump entendeu isso e negocia o fim da guerra para este custo não se tornar ainda maior. De um lado, a Rússia ganha quatro territórios da Ucrânia e a garantia de não entrada do país vizinho na Otan, conforme anunciado pelo Secretário de Defesa dos EUA.
Do outro, os EUA reaproximam a Rússia do Ocidente para derrotar a China, economizam bilhões de dólares com gastos militares e restabelecem a normalidade do mercado de energia no mundo, dado que o Kremilin é um grande produtor de carvão, petróleo, gás natural e Urânio. Nesse acordo, ganham os EUA e a Rússia; perdem a Europa e a Ucrânia.
*Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião da Jovem Pan.
Fonte: Jovem Pan News
Comentários