Sexta-feira, Fevereiro 21, 2025
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Impactos sociais e desafios alfandegários são peças essenciais para sucesso do corredor bioceânico

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Para que o corredor bioceânico se torne realidade e traga benefícios direitos à economia e população, algumas peças são essenciais neste processo, entre elas os desafios alfandegários entre os quatro países e os devidos impactos sociais que vão ser feitos ao longo do caminho. Os dois temas foram debatidos nesta quarta-feira (19), no Seminário Internacional da Rota Bioceânica.

O painel sobre os desafios alfandegários foi conduzido por Antônio Lindemberg, superintendente da Receita Federal. Ele destacou que o trânsito aduaneiro é um pilar fundamental para a Rota Bioceânico, para que tragam os benefícios como redução de custos e aumento de competitividade ao setor econômico.

“Este trânsito (aduaneiro) precisa ser facilitado, passar por todos os países do corredor sem que haja dificuldade nesta travessia. Neste sentido também precisa de uma integração do sistema de informação, com os envolvidos (países) conversando entre si, com escoamento das mercadorias sem interrupções”, afirmou Lindemberg.

Ele lembrou que entre os grandes benefícios da rota está a redução de tempo para chegar aos mercados asiáticos por meio do Oceano Pacífico. “Os países precisam compartilhar estrutura e informação, capacitar servidores e fazer os acordos multilaterais. Ter um setor aduaneiro integrado, onde as nações confiem umas nas outras, assim como no setor privado. Se não houver este esforço os objetivos não serão alcançados”.

Representando o município de Calama (Chile), que fica na região de Antofagasta, Cláudio Maldonado, ponderou que a operação logística os serviços aduaneiros são peças estratégicas nesta engrenagem. “Estamos no norte do Chile, em uma localização estratégica do corredor, buscamos soluções (alfândega) para não termos problemas neste processo”.

Maldonado contou que a região está se preparando para esta nova realidade, tanto que Calama vai ter um aeroporto internacional, principalmente para impulsionar o turismo e também em breve será entregue um novo terminal rodoviário. “Temos nossa importância geográfica e o momento é de se preparar para sermos beneficiados com este cenário”.

Desenvolvimento social

Tão importante quanto as conquistas econômicas, os impactos sociais que este desenvolvimento vai gerar na população foi tema de um dos painéis do seminário. Os especialistas e gestores debateram a importância do corredor trazer progresso à população e que não aumente a desigualdade social.

A frente da discussão, Pedro Silva Barros, técnico de planejamento e pesquisa do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), ressaltou que toda obra de infraestrutura e transporte, assim como nova dinâmica comercial, gera impactos sociais diretos. “Deve se potencializar as externalidades positivas em geração de emprego, em promoção de novos negócios, mas há uma preocupação. Em diminuir, preferencialmente evitar completamente, as externalidades negativas. Quando se abre um novo caminho, se aumenta o fluxo, também há estas possibilidades”.  

A secretária estadual de Assistência Social e Direitos Humanos, Patrícia Cozzolino, participou do debate e ponderou que a rota deve ser um instrumento de desenvolvimento econômico e social e que não amplie as desigualdades sociais.

“Uma política coletiva e não apenas de um município ou estado, tendo como instrumento o desenvolvimento humano. Neste sentido é importante a qualificação, pois faltam pessoas qualificadas para assumir as oportunidades, além de ter um envolvimento do poder público e das empresas que se estabelecerem na rota”.

Leonardo Rocha, Comunicação do Governo de MS
Fotos: Álvaro Rezende

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