Fruto da nova geração do futsal feminino, Natália Detoni se adaptou rapidamente com a camisa do Benfica, em Portugal, e virou uma peça importante na seleção brasileira. Ao lado das veteranas Amandinha, Emilly e Débora Vanin, a catarinense está confirmada para defender o Brasil na Copa América, em Sorocaba, e buscar a vaga na primeira edição da Copa do Mundo Feminina da FIFA.
A ala do Benfica esteve presente nos dois últimos compromissos preparatórios para a Copa América contra a Finlândia. Com dois gols em dois jogos, Nati aproveitou a oportunidade para carimbar a sua convocação final.
“Esses amistosos são de suma importância tanto para nós atletas mais novas, que estamos sendo introduzidas agora na seleção, como para as mais experientes também para aprimorar o coletivo. Nós, no Brasil, não conseguimos reunir todas as atletas com tanta frequência como aqui na Europa, onde as jogadoras fazem estágio todos os meses, então cada encontro é fundamental para a nossa preparação”, avaliou Nati.
Campeã do torneio de Xanxerê, a ala sonha agora com a primeira conquista oficial com a Amarelinha. A jogadora mantém o foco na Copa América, mas não esconde a ansiedade e o sonho de estar presente na Copa do Mundo, a primeira com a chancela da Fifa.
“É um ano muito especial para nós da modalidade. Acredito que todas as atletas que passaram pelo futsal sonharam com esse momento e agora nós teremos a oportunidade de viver isso. Eu me sinto honrada de estar sendo convocada e estar fazendo parte deste momento com a seleção. Sei que preciso continuar atuando bem pelo Benfica, me dedicando no dia a dia para continuar representando o Brasil”, completou a camisa 8.
Há seis meses em Portugal, Nati revela conversas constantes com as atletas europeias sobre o trabalho das seleções. Segundo a jogadora, o Brasil segue sendo a principal referência para os outros países.
“Nós brincamos no vestiário porque as jogadoras falam ‘vocês não precisam treinar, vocês já são as melhores’. No clube, temos essa relação de conversar bastante sobre as seleções, sobre o que precisamos melhorar, na visão delas, e o que elas precisam evoluir, na nossa visão, sempre pensando na evolução da modalidade”, destacou a ala.
“Eu vejo Portugal como uma seleção muito forte e muito promissora. Elas conseguem se reunir com frequência e isso é muito importante para seguir evoluindo. Existem jogadoras jovens muito talentosas e jogadoras experientes, que fazem a seleção ser forte”, completou.
Ex-Female/Chapecó, Nati já está adaptada ao futsal português e vem ganhando destaque, logo na sua primeira temporada pelo Benfica. Pelas Águias, a brasileira soma 15 gols em 23 jogos e já conquistou dois títulos nacionais, a Taça da Liga e a Supertaça.
“Eu demorei um pouco para me adaptar ao estilo de jogo daqui, é bem diferente da forma como eu estava jogando no Brasil. Tive um pouco de dificuldade para me acostumar com alguns movimentos que eu estava acostumado com o estilo do futsal brasileiro. Mas, agora, depois de alguns meses, de praticar no dia a dia, de receber ajuda das minhas companheiras e do treinador, eu consegui encaixar no ritmo de jogo do clube”, avaliou Nati.
Além de seleção brasileira, a ala também falou sobre Copa do Mundo, desafio no Benfica e relembrou o início da carreira. Veja a entrevista completa no canal do YouTube de oGol.
Fonte: Ogol
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