Grupo criminoso transportava mercadoria do Paraguai para Mato Grosso
Uma operação conjunta entre a Receita Federal e a Polícia Federal, denominada Finis Actiones, foi desencadeada na manhã desta terça-feira (11/3) para desarticular uma organização criminosa especializada no contrabando de cigarros. A ação ocorre simultaneamente em Mato Grosso do Sul e Mato Grosso, com o cumprimento de 10 mandados de busca e apreensão.
Dourados era um dos principais pontos logísticos do esquema. O município servia como entreposto, onde os cigarros trazidos do Paraguai eram armazenados em residências antes de serem enviados para outros destinos. A maioria das cargas tinha como destino final Cuiabá e Rondonópolis, em Mato Grosso.
Além do contrabando, as autoridades investigam crimes de lavagem de dinheiro e organização criminosa.
“Negócio familiar” e envolvimento de parentes
As investigações apontaram que o grupo atuava de forma estruturada, com fortes laços familiares. Segundo a Receita Federal:
🔹 O líder da organização contava com o apoio da companheira, que auxiliava na logística e atuava como batedora de cargas;
🔹 A mãe do chefe do grupo era responsável por movimentar dinheiro em nome da organização, abrindo contas bancárias para ocultar os bens adquiridos ilegalmente;
🔹 O pai do líder gerenciava uma loja registrada no nome de sua companheira, usada como fachada para ocultar a origem dos recursos;
🔹 O grupo também contava com motoristas e batedores contratados para facilitar o transporte das mercadorias.
Além de Dourados, as cidades de Ponta Porã e Nova Alvorada do Sul também foram utilizadas como bases de operação pelo grupo.
Crimes e atuação da força-tarefa
Os envolvidos poderão responder pelos crimes de organização criminosa, contrabando, descaminho e lavagem de dinheiro.
A operação mobilizou 40 policiais federais, além de quatro auditores-fiscais e seis analistas tributários da Receita Federal.
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