Nesta quarta-feira, vimos uma verdadeira batalha no Metropolitano. Um dérbi que pareceu eterno: foi decidido em uma noite, que pareceu, na verdade, vários meses. Com segundos, o Atlético já estava na frente. E o Real viu Vinícius Júnior ser candidato a vilão ao perder o pênalti que poderia decretar a classificação no segundo tempo. Foi nos pênaltis, e sem Vini, que os Blancos avançaram. Nem Oblak conseguiu evitar o inevitável: o dérbi tem dono, e os Colchoneros ficaram no quase mais uma vez, de novo com requintes de crueldade.
Os Merengues, agora nas quartas da Champions, terão como próximo adversário o Arsenal, que massacrou o PSV. O primeiro jogo vai ser em Londres, com a decisão da vaga em Madri, com jogos no início de abril.
Foram precisos 30 segundos. 28, na verdade, para o Atlético de Madrid deixar tudo igual no agregado. Com a marca de Diego Simeone nesta temporada: jogadores em posições completamente diferentes da que inicialmente se espera (se é que alguém ainda espera algo). Griezmann recuperou bola após tentativa de corte de Asencio e deixou com Julián Álvarez. Como armador, o argentino abriu na área para o volante De Paul, que parecia ponta direita. O argentino mandou no meio da área e a bola passou por um ala, Giuliano Simeone, até chegar no outro, Connor Gallagher, que completou para a rede, passando a borracha na vantagem construída pelos Merengues na ida.
O Real tentou colocar a cabeça no lugar e a bola no chão. De preferência nos pés de Vinícius Júnior. Só que a dobradinha de Giuliano Simeone e Marcos Llorente conseguiu frear o brasileiro nos primeiros ataques. Os Blancos passavam longos períodos com a bola, com o Atleti marcando em blocos médios e baixos em 4-4-2 ou 5-3-2.
Se o rival, com mais posse, pouco ameaçou nos primeiros 45 minutos de partida, os Colchoneros voltaram a chegar com perigo na área aos 24 com Julián Álvarez, que cortou para a perna canhota na área e chutou forte cruzado. Courtois evitou o gol com uma grande defesa. Na sequência, Giuliano Simeone tabelou com Álvarez na área e bateu forte. Courtois espalmou de novo. Só o Atleti ameaçou na primeira parte.
O segundo tempo também começou positivo para os Rojiblancos, que ameaçaram logo no primeiro minuto em pancada de fora da área de Julián Álvarez, um dos destaques do encontro. Courtois se jogou no canto para espalmar e vencer mais um duelo com o argentino.
Depois do susto, o Real continuou com controle da posse de bola. Girava de um lado, para o outro, sem conseguir penetrar na área. Sem desequilíbrio individual de seus homens de frente. Até Mbappé aparecer, aos 23 minutos, em contra-ataque. O francês recebeu de Bellingham e disparou pela direita. Deixou um, ia deixando o segundo também pelo caminho, mas Lenglet o puxou. Já na área, pênalti. Só que Vini isolou a cobrança, o que enlouqueceu ainda mais os torcedores da casa.
O jogo pegou fogo e, com a atmosfera criada, o Atlético foi para cima. Giuliano Simeone avançou em velocidade pela direita e, já na área, chutou forte. Courtois espalmou. Griezmann, na sequência, arriscou de fora, e Courtois defendeu sem sustos.
Simeone mandou a equipe para frente nos minutos finais, recuando Julián e colocando na frente Ángel Correa e Sorloth. Correa teve chance na área, mas chutou por cima. A decisão da vaga precisou ser resolvida na prorrogação.
Mental e fisicamente, Vinícius parecia fora do jogo. O que dificultava, e muito, a progressão do Real, já que Mbappé era anulado por uma marcação firme de Barrios e de um dos zagueiros sempre. Mesmo os Colchoneros não conseguiram ter a mesma velocidade em contra-ataques por motivos óbvios. Foi só esperar a decisão por pênaltis.
Sem Vini, abatido e substituído, o Real marcou o primeiro pênalti com Mbappé. Bellingham foi convicto e Valverde, depois de Julián ter pênalti anulado por dois toques, abriu 3 a 1.Oblak ainda deu esperanças parando Vázquez, mas Llorente parou no travessão. Na última cobrança, Antonio Rüdiger chutou na direção de Oblak, que tocou na bola, mas não conseguiu a defesa. Mais uma vez, com requintes de crueldade, os Merengues derrubaram o rival.
Fonte: Ogol
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