Formação de brigadas e instalação de bases avançadas buscam prevenir e combater focos de incêndio em áreas remotas
Com o objetivo de fortalecer a prevenção e o combate aos incêndios florestais, o Corpo de Bombeiros Militar de Mato Grosso do Sul (CBM-MS) já deu início aos preparativos para a Temporada de Incêndios Florestais (TIF) 2025. As ações incluem a formação de brigadas especializadas e a avaliação de locais estratégicos no Pantanal para a instalação de bases avançadas.
A operação é desenvolvida em parceria com o Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul) e conta com o planejamento integrado do Sistema de Comando de Incidentes (SCI). De acordo com o major Eduardo Teixeira, subdiretor da Diretoria de Proteção Ambiental (DPA) do CBM-MS, as atividades preventivas estão sendo intensificadas.
“A guarnição foi deslocada para iniciar a formação de brigadas e também a avaliação das bases avançadas. O Corpo de Bombeiros tem recebido solicitações para formação de brigadas, palestras e instruções relacionadas aos incêndios florestais. A partir de agora, a gente começa a fazer esse trabalho”, explicou o oficial.
Primeira brigada formada e bases avançadas
A primeira brigada formada é do Núcleo de Estudos do Fogo em Áreas Úmidas (Nefau), da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), que terá sua base em uma propriedade particular no município de Corumbá.
Além da orientação e da educação ambiental, as bases avançadas serão instaladas em áreas remotas do Pantanal para facilitar o deslocamento das equipes e agilizar a resposta em situações de risco. Essas estruturas tiveram papel essencial na TIF 2024, impedindo a propagação de focos nas regiões onde foram implantadas.
Para garantir essa atuação eficiente, 13 bases avançadas foram equipadas com veículos e equipamentos transportados em uma barca pelo Rio Paraguai, saindo de Corumbá em maio de 2024.
Condições climáticas e alerta de seca
A preparação antecipada também leva em conta a previsão de possíveis incêndios florestais em razão das condições climáticas adversas. A coordenadora do Cemtec (Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima), Valesca Fernandes, destaca que as chuvas estão abaixo da média histórica, mesmo durante o período chuvoso, e que as temperaturas elevadas e as precipitações irregulares agravam o cenário de seca.
“Os dados mostram condições de seca, com altas temperaturas e chuvas irregulares”, alertou a meteorologista.
Preservação ambiental e tecnologias de combate
O trabalho do Corpo de Bombeiros em Mato Grosso do Sul é apoiado por diversas tecnologias que ajudam a monitorar os biomas e a extinguir rapidamente os focos de incêndio, contribuindo de forma decisiva para a preservação ambiental. As ações são planejadas para proteger os biomas do Pantanal, Cerrado e Mata Atlântica, todos vulneráveis aos efeitos das secas prolongadas.
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