Segunda-feira, Março 31, 2025
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Com trajeto definido, ‘Manão’ percorre ruas vendendo salgados e conquistando amizades

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Com trajeto definido, ‘Manão’ percorre ruas vendendo salgados e conquistando amizades

O douradense Ilson Bastos, de 49 anos, o ‘Manão do Salgado’ possui uma trajetória de vida que reflete a perseverança e dedicação de um pai de família. Tudo começou há dez anos, quando sua filha era recém-nascida e ele teve que tomar a decisão de deixar o emprego fixo para ser autônomo.

Sua inspiração para o sucesso nas vendas dos salgados foi prover o sustento de sua filha e esposa. Hoje, ele tem um amor imenso pelo que faz e percorre as ruas de Dourados em seu carro, vendendo salgados e sucos fresquinhos preparados por ele e sua família.

“Eu costumo dizer que tudo o que construí foi fruto do meu trabalho. Com o salgado, conseguimos criar a nossa filha, que hoje tem 11 anos”, relembra, quando o trabalho autônomo passou a ser sua única fonte de sustento e meio para pagar o aluguel.

“No início, não sabia o que faria, mas comecei comprando salgados e revendendo-os. Primeiro, usei a moto, depois fui para a bicicleta, até que, por bênção de Deus, meus pastores me deram o carro, e com isso, começamos a trabalhar de fato”, relata ao Dourados News, com a gratidão estampada no rosto.

Com o passar do tempo, ele e a esposa começaram a preparar os próprios salgados, criando um produto que se destacaria pelo sabor. “Começamos a produzir o nosso próprio salgado. Isso foi um grande diferencial para a gente, e, graças a Deus, tem dado muito certo”, diz, com o orgulho de quem vê seu trabalho prosperar.

Ao longo desses anos, Ilson começou a ser conhecido como o “Manão do salgado”. Ele, com sua história de superação, construiu amizades em vários pontos da cidade. Com uma rota estabelecida e já decorada, ele estaciona seu carro, empolgado, e começa os atendimentos do dia.

“Eu gosto muito do público, de atender as pessoas. Sempre digo que o meu cliente é meu próximo, e é assim que tem que ser. Eu faço tudo com amor e responsabilidade, e isso tem feito a diferença”, explica.

Essa relação próxima com os clientes se reflete na grande quantidade de indicações que ele recebe, o que contribui para suas vendas e para o aumento de novos compradores.

“A grande maioria dos meus clientes vem por indicação. Eles provam o salgado e, depois, me indicam para outros. Isso é muito gratificante”, afirma Ilson, que conta com a confiança do público.

“O salgado é sempre do dia. Eu não trabalho com estoque, o que me faz acordar cedo e produzir tudo na hora”, conta o vendedor.

Nos últimos dez anos, ele enfrentou desafios diários, como o cansaço de trabalhar por longas horas e a pressão de manter a qualidade dos produtos.

“O maior desafio é o cansaço. Acordo cedo, trabalho até tarde e, às vezes, o corpo pede descanso. Mas a gente vai seguindo, porque esse trabalho é o que me sustenta, e eu não posso desanimar”, diz Ilson.

Hoje, ele e sua esposa produzem cerca de 72 salgados diariamente, além de sucos naturais, como limonada e acerola, para acompanhar.

“O salgado custa sete reais, o suco, quatro, e o combo está fazendo sucesso entre os clientes”, revela. Ilson calcula com precisão todos os custos e garante que o produto tem uma margem satisfatória, sem deixar de cuidar da saúde de seus consumidores.

“Eu faço tudo com responsabilidade. Não quero vender só um salgado, mas oferecer algo que faça as pessoas voltarem sempre”, explica.

A questão da manutenção do carro, que é essencial para o trabalho de Ilson, também é um ponto de preocupação, pois um dia sem o veículo pode ser um grande prejuízo no orçamento da família.

“Quando o carro quebra, é um golpe, porque é ele que me leva até os meus clientes. Mas graças a Deus, mesmo com os desafios, sempre conseguimos seguir em frente. O carro é uma bênção, ele é econômico e sempre me ajuda a continuar trabalhando”, diz com gratidão.

Atualmente, Ilson percorre as ruas de Dourados de segunda a sexta-feira, com uma média diária de 60 quilômetros, sempre em busca de novos clientes e, acima de tudo, de continuar sendo uma inspiração para todos que o conhecem.

“Meu trabalho é mais do que vender salgados. É construir amizades, criar laços e oferecer um pedacinho de alegria para quem precisa”, conclui com um sorriso largo e um brilho nos olhos.

Fonte: Dourados News

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