Há quase 15 anos, a Universidad de Chile eliminava o Flamengo, do “Império do Amor”, com um time que tinha Montillo, Eduardo Vargas e companhia. Dois anos depois, com Charles Aránguiz, La U voltaria a uma semifinal de Libertadores. Hoje de volta ao clube, Aránguiz vive uma realidade diferente: de ostracismo no cenário sul-americano. Um dos times mais tradicionais do futebol chileno volta para a Libertadores depois de sete anos, desafiando o atual campeão, Botafogo, nesta quarta-feira (02).
Depois de passar por Internacional e Bayer Leverkusen, Aránguiz voltou para Santiago ainda em 2024. É um dos líderes do elenco ao lado do veterano Marcelo Díaz, também de volta após rodar pela Europa e pelo futebol sul-americano.
Voltando para 2007, a Universidad de Chile foi o primeiro grande caso de sociedade anônima de futebol no Chile e, também, um dos pioneiros na América Latina. A equipe passou a ser administrada por um fundo de investimento conhecido como Azul Azul.
La U declarou insolvência em 2006, e passou a ser administrada pela Azul Azul com a promessa de um futuro diferente. O breve período de sucesso, na chamada Era Sampaoli, com Vargas e companhia, com direito a duas semifinais de Libertadores, não foi suficiente para apagar os problemas fora de campo.
Apesar da promessa de transparência, a Azul Azul se envolveu em diversos escândalos administrativos nos últimos anos, e mais recentemente ficou perto de perder o controle da equipe.
No Chile, discutiu-se, inclusive, que a Universidade do Chile poderia assumir o controle do futebol de La U por recorrentes problemas financeiros na administração da Azul Azul. Em janeiro, porém, a sociedade anônima quitou todas as dívidas tributárias da associação esportiva e garantiu a manutenção do controle até 2052.
Recentemente, a Azul Azul voltou a ser manchete de jornal em Santiago por uma disputa com os jogadores, que antes da estreia na Libertadores reclamaram o aumento da premiação a que teriam direito com o torneio. Não houve acordo até o duelo contra o Botafogo, e os atletas entrarão em campo em pé de guerra com a diretoria.
Desde a semifinal de 2012, La U nunca mais sequer passou da fase de grupos da Libertadores. A última vez que chegou na fase de grupos foi em 2018, com eliminação na lanterna do grupo que tinha Cruzeiro, Racing e Vasco. Foram apenas dois gols marcados e uma única vitória, contra o Cruz-Maltino.
Na temporada passada, La U foi vice-campeã nacional e campeã da Copa do Chile. A campanha atual é modesta, com nona colocação e apenas cinco pontos conquistados após seis rodadas.
Além dos já citados Díaz e Aránguiz, a Universidad conta ainda com Di Yorio, atacante ex-Atlhetico Paranaense. Com quatro gols na temporada, o argentino tenta se firmar entre os titulares, enquanto Rodrigo Contreras, o outro reforço para o ataque, ainda não disse ao que veio. Após boas temporadas por Antofagasta e Everton, o atacante somou apenas um gol em sete jogos e não correspondeu como principal esperança de gols para 2025.
A campanha irregular no Chile é alvo de críticas para o técnico Gustavo Álvarez, principalmente pela escolha da formação com três zagueiros, que já fez sucesso no clube, mas que hoje parece em baixa com Nicolás Ramírez, Franco Calderón e Matías Zaldivia.
Universidad de Chile e Botafogo se enfrentam no Nacional de Santiago nesta quarta, às 21h30, com a esperança de dias melhores para os chilenos. Embora tudo mostre o contrário…
Fonte: Ogol




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