Decisão absolve 15 réus, incluindo Nelsinho Trad e André Puccinelli, enquanto condenados enfrentam sanções severas
O juiz Ariovaldo Nantes Corrêa, da 2ª Vara de Direitos Difusos, Coletivos e Individuais Homogêneos de Campo Grande, condenou 11 pessoas por improbidade administrativa no caso da Operação Coffee Break. Deflagrada em 2015 pelo Gaeco, a operação investigou a suspeita de compra de votos na Câmara Municipal para cassar o então prefeito Alcides Bernal.
Entre os condenados estão ex-vereadores, empresários e ex-secretários municipais. As penalidades incluem suspensão dos direitos políticos por até 10 anos, proibição de contratar com o poder público e pagamento de multas individuais, que somam quase R$ 2 milhões.
Por outro lado, 15 pessoas foram absolvidas, incluindo o senador Nelsinho Trad (PSD) e o ex-governador André Puccinelli (MDB). A defesa do vereador Otávio Trad, um dos inocentados, comemorou a decisão, afirmando que a sentença afastou qualquer conduta desonesta do político.
Condenações e penalidades
Entre os principais condenados, João Alberto Krampre Amorim, João Roberto Baird e Gilmar Antunes Olarte tiveram seus direitos políticos suspensos por 10 anos e estão proibidos de firmar contratos com o poder público pelo mesmo período.
Já Edil Afonso Albuquerque, Jamal Mohamed Salem, Paulo Siufi Neto e Mário César Oliveira da Fonseca receberam sanções semelhantes, com suspensão dos direitos políticos por 8 anos e multa de até R$ 200 mil. José Airton Saraiva, além dessas penalidades, deverá devolver R$ 53 mil por enriquecimento ilícito.
O espólio de José Alceu Padilha Bueno também foi penalizado com a devolução de R$ 13,5 mil. Além disso, André Luiz Scaff e Carlos Eduardo Belineti Naegele foram condenados ao pagamento de indenizações de R$ 100 mil cada.
Os valores arrecadados serão revertidos para um fundo destinado à recuperação de bens públicos lesados, conforme previsto na legislação. A decisão foi assinada em 31 de março e ainda cabe recurso.
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