Projeto vai elaborar diagnóstico etno sócio-ambiental na Reserva de Dourados
Uma equipe da Embrapa Agropecuária Oeste visitou a Escola Tengatuí Marangatu, localizada na Terra Indígena Jaguapiru, na segunda-feira (7/4), para apresentar projeto da Embrapa em parceria com a Secretaria da Cidadania (SEC) do governo do estado de Mato Grosso do Sul.
O encontro reuniu representantes das Terras indígenas Jaguapiru e Bororó e teve como objetivo discutir iniciativas em benefício das comunidades indígenas locais da RID (Reserva Indígena de Dourados). O resultado esperado é a entrega do Diagnóstico Participativo Etno Sócio-ambiental-produtivo da RID à SEC, contribuindo para ações estratégicas voltadas ao desenvolvimento sustentável dessas comunidades.
A proposta executada pela Embrapa e governo, com gestão administrativa e financeira da Faped, visa aprofundar a compreensão sobre os desafios que comprometem a cultura, a subsistência e o bem-estar das comunidades indígenas das etnias Guarani Kaiowá, Guarani Ñandeva e Terena.
“A iniciativa busca identificar os problemas enfrentados por esses povos e suas causas de forma fidedigna, bem como propor soluções, utilizando-se metodologias participativas, para embasar a formulação de políticas públicas e ações estruturadas assertivas”, enfatizou o pesquisador Milton Parron Padovan.
Para o assessor assessor da Conafer/MS, Wesley Silva Meireles, “essas primeiras reuniões são importantes para termos um norte de como trabalhar”, e completou: “às vezes, a pessoa quer falar, mas não sabe para quem e como”.
O coordenador pedagógico da escola Guateka, Osvaldo Lemes Ferreira, ressaltou a importância de as mulheres e os jovens serem envolvidos neste trabalho. “A minha esperança está neles. Educação e sustentabilidade são o que regem tudo o que falamos nessa reunião”, disse.
As próximas reuniões já estão sendo agendadas, além de entrevistas e oficinas nas comunidades.
Entre os objetivos do projeto, destacam-se a identificação das causas dos desafios relacionados à produção de alimentos, segurança e soberania alimentar, nutrição, saúde, educação e sustentabilidade. Além disso, o trabalho subsidiará a estruturação do Plano de Gestão Territorial e Ambiental (PGTA), incluindo um etnozoneamento para contribuir com a melhoria das condições de vida, autonomia e fortalecimento das tradições indígenas.
A estratégia de ação para o desenvolvimento dos trabalhos prevê a formação de uma equipe multidisciplinar, interdisciplinar e interinstitucional, com a participação de diversas unidades da Embrapa, universidades, Funai, organizações indígenas, prefeituras e ONGs.
Estiveram presentes na reunião os pesquisadores da Embrapa Agropecuária Oeste Milton Parron Padovan e Laurindo André Rodrigues, o analista Leandro Lima de Oliveira e o técnico Oscar Pereira Colman. Representando as aldeias indígenas, participaram Osvaldo Lemes Ferreira, coordenador pedagógico da Escola Guateka (Aldeia Jaguapiru); Kalyne Mamede Terena, coordenadora da Confederação Nacional de Agricultores Familiares e Empreendedores Familiares Rurais (Conafer/MS); Wesley Silva Meireles, assessor da Conafer/MS; Nilcimar Cabreira Morales; presidente da Associação dos Jovens Indígenas (Aldeia Bororó); e Luzinete Reginaldo, membro da liderança da Terra Indígena Jaguapiru.
Fonte: Dourados News




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