Crime brutal cometido em 2023 gerou comoção; Valéria Carrilho morreu com queimaduras graves após ataque premeditado
Gilmar Alves Cotrin Junior, de 42 anos, será julgado nesta terça-feira (15), em Dourados, pelo assassinato da ex-companheira, Valéria Carrilho da Silva, de 35 anos. O crime, ocorrido em julho de 2023, causou grande comoção na cidade devido à sua brutalidade. O julgamento está marcado para as 13h no Fórum da cidade.
O caso aconteceu na madrugada do dia 30 de julho, na Rua Garrincha, no Jardim Esplanada. Segundo as investigações, Gilmar teria invadido a casa da vítima, retirado gasolina da motocicleta que estava no quintal e aguardado a chegada de Valéria. Quando ela chegou, ele jogou o combustível sobre o corpo dela e ateou fogo com um isqueiro.
Além de atingir a vítima, as chamas se espalharam, incendiando a motocicleta Honda Biz, roupas e outros objetos da residência. Valéria foi socorrida com queimaduras gravíssimas e levada ao Hospital da Vida, onde faleceu por volta das 17h do mesmo dia.
Gilmar fugiu do local após o crime, mas foi localizado ainda naquele domingo escondido em uma construção no Centro de Dourados. Desde então, permanece preso preventivamente na Penitenciária Estadual de Dourados (PED).
O Ministério Público de Mato Grosso do Sul denunciou Gilmar por homicídio com três qualificadoras: motivo fútil, uso de fogo e feminicídio – que, na época, ainda era considerado qualificadora e não um crime autônomo. Também foi apontada uma causa de aumento de pena, já que ele cometeu o crime violando uma medida protetiva de urgência em favor da vítima.
A Delegacia de Atendimento à Mulher (DAM) de Dourados concluiu que o crime foi meticulosamente planejado. Valéria já havia registrado boletim de ocorrência contra Gilmar em 2022, após o término do relacionamento.
O caso será julgado por um júri popular e deve atrair atenção da população e de movimentos sociais que atuam no combate à violência contra a mulher.
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