Corrêa e Moretti prestam depoimento nesta quinta-feira (17), em Brasília; investigação busca esclarecer a atuação da “Abin Paralela” no governo Bolsonaro
Nesta quinta-feira (17), a Polícia Federal ouve, em Brasília, o diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Luiz Fernando Corrêa, e o ex-diretor adjunto Alessandro Moretti. A investigação gira em torno de um suposto esquema de espionagem ilegal, apelidado de “Abin Paralela”, que teria funcionado durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Os depoimentos ocorrem no período da tarde. Para evitar qualquer tipo de combinação de versões, os agentes federais organizaram o procedimento em salas separadas, mas de forma simultânea.
Embora não ocupassem cargos durante a gestão de Bolsonaro, Corrêa e Moretti enfrentam acusações de dificultar o acesso a dados importantes da Abin. A PF também aponta que os dois pressionaram a corregedoria da agência para tentar abafar as investigações. Em consequência disso, Moretti acabou demitido dias atrás.
Outro ponto investigado envolve uma possível invasão, por parte de agentes da Abin, ao sistema do governo do Paraguai. O grupo buscava informações sigilosas relacionadas à usina de Itaipu. Esse fato ampliou a repercussão do caso e gerou preocupações diplomáticas.
A Polícia Federal considera os depoimentos fundamentais para fechar o inquérito, que deve ser concluído até o fim do mês. A partir das informações colhidas, os investigadores pretendem elaborar um relatório com os possíveis indiciamentos. O caso da “Abin Paralela” segue como um dos mais sensíveis no cenário político atual, com impactos dentro e fora do país.




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