Gabriela Guimarães, ou simplesmente Gabi para os apaixonados por vôlei. A brasileira, apelidada de “filha do Deus do vôlei” pelo técnico italiano Lavarini, segue dando provas de sua divindade.
Supercampeã por onde passou, Gabi Guimarães se transferiu para a Itália no início desta temporada para “desbravar” mais um país no seu mapa de conquistas. E assim foi feito.
Protagonista no Conegliano desde a primeira partida, a ponteira conquistou, nesta terça-feira, o título da Liga Italiana e, de quebra, foi eleita a MVP (jogadora mais valiosa) da competição.
“Não posso descrever a sensação. Quero agradecer a todos os fãs. É incrível fazer parte deste time. Agora vamos em busca da Champions League”, complementou a brasileira.
A fala de Gabi mostra muito da personalidade desta incrível atacante. Campeã do Mundial de Clube e também da Supercopa Italiana já pelo Conegliano, a brasileira quer “zerar o game”, assim como fez no Brasil e na Turquia.
Natural de Belo Horizonte, Gabriela Braga Guimarães era apenas Gabriela quando deu seus primeiros passos no Mackenzie-MG. O destaque foi imediato e a ponteira rapidamente passou a integrar a seleção brasileira juvenil.
Antes de deixar Minas Gerais, Gabi faturou um ouro e uma prata no Campeonato Mineiro e se transferiu para o consolidado projeto do Rio de Janeiro, onde deu início ao seu tour vitorioso pelo mundo.
No Rio, o sucesso meteórico lhe rendeu uma sequência de cinco títulos da Superliga, além de duas Copas Brasil e três Supercopas. No âmbito continental, a ponteira faturou quatro troféus do Sul-Americano e duas pratas no Mundial.
Antes de se transferir para o primeiro desafio na Europa, Gabi Guimarães ainda defendeu o Minas por uma temporada e foi o suficiente para vencer a Superliga 18/19, além da Copa Brasil e do Sul-Americano.
Já tricampeã do Grand Prix e caminhando para uma consolidação na seleção brasileira, Gabi aceitou o desafio de desbravar o continente europeu e se apresentou como reforço de peso para o VakifBank Spor Kulübü.
O impacto de Gabi em solo turco foi imediato. Em sua primeira temporada, a ponteira conquistou a Liga Turca, a Copa da Turquia e a Supercopa. A “tríplice coroa” só não foi mais especial por conta da derrota na decisão da Liga dos Campeões, que fez o VakifBank ficar com a prata. Apesar disso, Gabi foi eleita MVP da competição.
A frustração do vice-campeonato, entretanto, durou pouco. Na temporada seguinte, Gabi Guimarães chamou a responsabilidade e conduziu as turcas a um bicampeonato consecutivo da principal competição de clubes do voleibol europeu, além da conquista do Mundial em 2021.
O sucesso nos clubes é o mesmo quando Gabi Guimarães veste verde e amarelo. Protagonista na seleção de Zé Roberto Guimarães, a ponteira assumiu o posto de capitã da seleção em 2022 e tem sido o grande nome do país na modalidade desde então.
Com duas medalhas olímpicas, prata em Tóquio e bronze em Paris, Gabi também soma três medalhas de prata na Liga das Nações. Na última edição da VNL, às vésperas do duelo contra a Polônia, a atacante brasileira foi exaltada pelo italiano Stefano Lavarini, à época comandante da seleção polonesa.
“Se há um Deus do voleibol no Olimpo, esta é a filha dele’. É um talento espetacular”, declarou Lavarini.
Num misto de força, técnica, resiliência e ambição, Gabi Guimarães, hoje com 30 anos, segue barbarizando o mundo do vôlei feminino e segue dando indício que o seu grande feito será sempre o próximo… bom para nós brasileiros!
Fonte: Ogol




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