Parlamentares cobram explicações após afastamento do presidente do INSS por suspeita de fraudes

Ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, deu posse na manhã desta terça-feira (11) ao novo presidente do INSS, Alessandro Stefanutto

Oposição cobra explicações do governo Lula após operação da PF afastar presidente do instituto por suspeita de fraude bilionária

O afastamento de Alessandro Stefanutto da presidência do INSS, alvo da Operação Sem Desconto da Polícia Federal, gerou forte reação no Congresso Nacional nesta quarta-feira (23). Parlamentares da oposição acusaram o governo Lula de negligência e exigiram respostas urgentes diante das denúncias de um esquema que pode ter causado prejuízo de R$ 6,3 bilhões entre 2019 e 2024.

Segundo a Polícia Federal, o esquema envolvia entidades que aplicavam descontos indevidos em aposentadorias e pensões. O afastamento de Stefanutto foi determinado judicialmente, e a gravidade do caso levou políticos a pedirem explicações imediatas do Ministério da Previdência.

A deputada federal Daniela Reinehr (PL-SC) entrou com um requerimento de informação. Ela quer saber que medidas o governo tomou para evitar fraudes, quais servidores foram afastados e se há relação direta entre Stefanutto e integrantes do atual governo. “É inaceitável que o governo Lula permita uma verdadeira indústria de fraudes bilionárias dentro do INSS”, afirmou.

O senador Dr. Hiran (PP-RR) também se pronunciou. Em nota de repúdio, ele classificou o escândalo como uma afronta aos direitos dos brasileiros mais vulneráveis. Segundo ele, o envolvimento de gestores do alto escalão em crimes compromete a confiança da população nas instituições. Para Hiran, os responsáveis devem ser punidos com rigor.

A nomeação de Stefanutto virou outro ponto polêmico. O presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, afirmou que o partido não participou da escolha. Segundo ele, a indicação partiu diretamente do ministro da Previdência, Carlos Lupi (PDT). Embora já tenha sido filiado ao PSB, Stefanutto ingressou no PDT em fevereiro deste ano.

Nas redes sociais, a oposição aumentou a pressão. A deputada Carla Zambelli (PL-SP) ironizou: “Algum espanto que o escândalo envolve um indicado de Lula?”. Já o senador Rogério Marinho (PL-RN) declarou: “Os mesmos métodos, os mesmos personagens. O PT não esqueceu nada… E não aprendeu nada”.

Até o momento, o Ministério da Previdência não respondeu aos questionamentos da deputada nem comentou as críticas vindas do Congresso.

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