MS tem aumento expressivo nas mortes por gripe: 14 óbitos em uma semana

Campo Grande concentra maioria das vítimas e vacinação segue disponível nas UBSs; Dourados já imunizou mais de 11 mil pessoas


Mato Grosso do Sul registrou um salto preocupante nas mortes por gripe. De acordo com boletim epidemiológico divulgado nesta quinta-feira (24) pela Secretaria Estadual de Saúde, 14 pessoas morreram por Influenza em apenas uma semana. O número representa mais da metade dos óbitos confirmados no ano, que já somam 27.

Desde janeiro, o estado notificou 1.940 casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG). Desses, 310 foram confirmados como Influenza, sendo a maioria causada pelo vírus H1N1. As mortes mais recentes ocorreram entre os dias 13 e 18 de abril e afetaram principalmente idosos com comorbidades, como doenças cardíacas, diabetes e imunodeficiência.

Campo Grande é a cidade com mais registros de óbitos, somando nove das 14 mortes. Os demais casos foram registrados em Corumbá, Coxim, Fátima do Sul, Miranda e Nova Andradina. Entre as vítimas está uma mulher de 68 anos, moradora da Capital, que faleceu no dia 18 sem apresentar comorbidades, o que reforça a gravidade do vírus mesmo entre pessoas aparentemente saudáveis.

Vacinação ativa em Dourados

Em Dourados, mais de 11 mil pessoas já foram vacinadas contra a gripe. A imunização está disponível em todas as Unidades Básicas de Saúde (UBSs) e segue o cronograma para os grupos prioritários definidos pelo Ministério da Saúde.

De acordo com a gerente do Núcleo de Imunização, Jéssica Andrade, a vacina aplicada este ano protege contra três tipos de vírus: H1N1, H3N2 e Influenza B. Ela reforça que a aplicação pode ser feita junto com outras vacinas do calendário nacional.

“A vacina é essencial porque reduz o risco de complicações, internações e mortes. É uma forma de proteger a população, especialmente nesse período em que o vírus circula com mais intensidade”, destacou Jéssica.

Os grupos prioritários incluem crianças de 6 meses a menores de 6 anos, gestantes, puérperas, indígenas, idosos a partir de 60 anos, pessoas com doenças crônicas, trabalhadores da saúde, professores, caminhoneiros, entre outros.

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