Tremor atingiu a província de Esmeraldas; governo monta abrigos e distribui kits de ajuda humanitária
Pelo menos vinte pessoas ficaram feridas e 135 casas foram destruídas após um forte terremoto de magnitude 6,3 atingir a província de Esmeraldas, no noroeste do Equador, nesta sexta-feira (25). O tremor aconteceu próximo da fronteira com a Colômbia e também causou danos em duas estradas e uma ponte, segundo informações oficiais.
O presidente do Equador, Daniel Noboa, ordenou a instalação de abrigos e o envio de kits de ajuda humanitária para a região afetada. “O governo está com vocês, e é assim que vamos seguir em frente”, escreveu Noboa em sua conta no X (antigo Twitter). O presidente está em Roma, onde participou do funeral do papa Francisco na quinta-feira (24).
Ruas tomadas por escombros
Nas ruas de Esmeraldas, moradores se movimentavam com dificuldade entre os escombros. Alguns tentavam remover destroços de paredes que desabaram. O epicentro do terremoto foi registrado a apenas 8,4 quilômetros da cidade de Esmeraldas, a uma profundidade de 35 quilômetros, por volta das 6h45 da manhã no horário local (8h45 de Brasília). As autoridades descartaram o risco de tsunami.
Segundo o Serviço Nacional de Gestão de Riscos (SNGR), o tremor foi sentido em dez das 24 províncias do país, incluindo Manabí, Los Ríos, Guayas e Pichincha. O ex-candidato presidencial indígena Yaku Pérez, que estava em Esmeraldas para o lançamento de um livro, relatou os momentos de pânico:
“A luz caiu, a Internet caiu e tivemos que sair para os quintais”, contou Pérez.
Novo tremor em Guayas
Vinte minutos após o primeiro terremoto, o Instituto Geofísico do Equador registrou outro sismo, desta vez de magnitude 4,1, na província de Guayas. Esse segundo abalo ocorreu a uma profundidade de 86 quilômetros, mas, de acordo com os especialistas, não tem relação direta com o terremoto de Esmeraldas.
O episódio ocorre pouco depois do país lembrar os nove anos do devastador terremoto de 2016, que atingiu principalmente as províncias de Manabí e Esmeraldas. Na ocasião, o abalo de magnitude 7,8 deixou 673 mortos e mais de 6.300 feridos.




Comentários