Ex-presidente foi intimado durante internação e criticou notificação após live; processo trata de tentativa de golpe de Estado.
O ex-presidente Jair Bolsonaro apresentou sua defesa prévia ao Supremo Tribunal Federal (STF) no processo em que é acusado de tentativa de golpe de Estado. No documento, ele indicou 15 testemunhas, incluindo aliados políticos e militares. Entre os nomes estão o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, o deputado federal e ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, e os senadores Ciro Nogueira, Rogério Marinho e Hamilton Mourão.
Também constam na lista militares de alta patente e o ex-diretor de tecnologia do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), José Janino. A defesa foi entregue após Bolsonaro ser intimado enquanto estava internado na UTI do hospital DF Star, em Brasília, em recuperação de uma cirurgia no intestino.
Bolsonaro demonstrou insatisfação com o fato de ter sido notificado durante a internação. A intimação aconteceu após ele participar de uma transmissão ao vivo no dia 22 de abril, o que foi interpretado pelo Supremo como um indicativo de que ele estava em condições de receber a notificação.
A decisão partiu do ministro Alexandre de Moraes, relator do caso, que determinou a intimação de todos os réus do chamado “núcleo 1” da investigação, entre os dias 11 e 15 deste mês. No entanto, por causa do estado de saúde do ex-presidente, a intimação foi adiada e realizada somente após sua aparição pública.
A escolha das testemunhas e o contexto da notificação aumentaram o debate sobre a sensibilidade do Judiciário em casos envolvendo figuras públicas com problemas de saúde. Agora, com a defesa apresentada, o caso segue para nova fase no STF.




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