Organização GHF anuncia retomada da distribuição de alimentos na Faixa de Gaza

Palestinos deslocados carregam suprimentos de ajuda da Gaza Humanitarian Foundation (GHF), uma organização privada apoiada pelos Estados Unidos que tem contornado o tradicional sistema liderado pela ONU no território, e retornam dos centros de distribuição em Rafah para suas tendas, no sul da Faixa de Gaza, em 29 de maio de 2025. A situação humanitária em Gaza — onde a ajuda começou finalmente a chegar após dois meses de bloqueio — é crítica, após 18 meses de guerra devastadora entre Israel e o movimento palestino Hamas. Especialistas em segurança alimentar alertam que a fome ameaça uma em cada cinco pessoas. (Foto: AFP)

A organização GHF, Fundação Humanitária de Gaza, apoiada por Israel e Estados Unidos, anunciou, nesta quinta-feira (5), ter retomado a distribuição de ajuda alimentar na Faixa de Gaza, após tê-la suspenso na véspera, depois que 30 pessoas morreram durante uma ação humanitária. “Hoje, estávamos abertos para a distribuição”, informou à AFP o serviço de imprensa da Fundação Humanitária de Gaza (GHF, na sigla em inglês), ressaltando que entregou “1,4 milhão de refeições” nesta quinta-feira em dois centros.

A GHF anunciou o fechamento temporário de seus centros na quarta-feira para “renovação, reorganização e melhorias de eficiência”. O anúncio ocorreu após vários incidentes fatais perto de seus locais de distribuição no sul e no centro da Faixa de Gaza. Na terça-feira, 27 pessoas morreram no sul do território palestino quando soldados israelenses abriram fogo perto de um dos centros da fundação. O Exército israelense afirmou estar investigando os fatos.

A GHF começou a distribuir alimentos em 27 de maio, mas nem a ONU nem as principais organizações humanitárias se mostraram dispostas a cooperar com a empresa. As Nações Unidas têm apelado constantemente a Israel para que abra o acesso a Gaza e permita a entrega de ajuda aos 2,4 milhões de habitantes do território, devastado por quase 20 meses de guerra entre o Exército israelense e o movimento islamista palestino Hamas.

*Com informações da AFP 

Fonte: Jovem Pan News

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