Mundo terá que aprender a viver com ondas de calor, adverte ONU

Esta fotografia mostra uma placa de farmácia indicando uma temperatura de 41 graus Celsius no centro de Paris, já que as temperaturas na França devem atingir um pico hoje, de acordo com a agência meteorológica Meteo France, com algumas áreas previstas para ultrapassar 40 graus Celsius (104 graus Fahrenheit), em 1º de julho de 2025. Cientistas afirmam que as mudanças climáticas induzidas pelo homem estão tornando essas ondas de calor mais intensas, frequentes e generalizadas. Paris enfrentava seu primeiro alerta vermelho em cinco anos, com autoridades locais autorizadas a limitar ou proibir eventos esportivos, festivais e passeios escolares para crianças. As autoridades disseram que o alerta seria estendido até 2 de julho. (Foto de Sébastien DUPUY / AFP)

O mundo terá que aprender a conviver com as ondas de calor, afirmou a Organização Meteorológica Mundial (OMM) nesta terça-feira (1º), enquanto a Europa enfrenta altas temperaturas há dias. “Como resultado da mudança climática causada pelo homem, o calor extremo está se tornando mais frequente e intenso. É algo com o qual temos que aprender a conviver”, disse a porta-voz da OMM, Clare Nullis. “O que podemos esperar para o futuro? Mais do mesmo, até pior”, acrescentou. Nullis observou que julho é tradicionalmente o mês mais quente do ano no Hemisfério Norte, mas que episódios de calor extremo tão cedo quanto nestas semanas são raros.

A porta-voz se referiu a um “assassino silencioso”, alertando que o número de mortes relacionadas ao calor costuma ser subnotificado nas estatísticas oficiais, em comparação, por exemplo, com as mortes por ciclones tropicais. “É importante observar que toda morte relacionada ao calor é evitável: temos o conhecimento, temos as ferramentas, podemos salvar vidas”, enfatizou. Segundo a agência da ONU, alertas precoces e planos de ação coordenados são cruciais para proteger as pessoas.

A onda de calor na Europa Ocidental se deve a vários fatores, como o “ar quente do Norte da África” e o aumento da temperatura da superfície do mar no Mediterrâneo, “que tende a intensificar as temperaturas extremas” em terra, explicou Nullis.

*Com informações da AFP 

Fonte: Jovem Pan News

Comentários