Por que esta quarta pode ter o dia mais curto do ano — pelo menos até agora?

Este conceito artístico fornecido pela NASA em 18 de abril de 2013 descreve o menor planeta da zona habitável da missão Kepler da NASA. Visto em primeiro plano está Kepler-62f, um planeta superdimensionado na zona habitável de uma estrela menor e mais fria que o Sol, localizada a cerca de 1.200 anos-luz da Terra na constelação de Lyra. Kepler-62f orbita sua estrela hospedeira a cada 267 dias e é aproximadamente 40% maior que a Terra em tamanho. O tamanho de Kepler-62f é conhecido, mas sua massa e composição não. No entanto, com base em descobertas anteriores de exoplanetas de tamanho semelhante que são rochosos, os cientistas são capazes de determinar sua massa por associação. Assim como nosso sistema solar, Kepler-62 abriga dois mundos na zona habitável. O pequeno objeto brilhante visto à direita de Kepler-62f é Kepler-62e. Orbitando na borda interna da zona habitável, Kepler-62e é aproximadamente 60% maior que a Terra. FOTO AFP / DIVULGAÇÃO / NASA Ames / JPL-Caltech / T. Pyle == USO RESTRITO A EDITORIAL / CRÉDITO OBRIGATÓRIO:

A Terra deve girar um pouco mais rápido em alguns dias de julho e agosto deste ano, segundo o Observatório Nacional (ON), instituição vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI). Com isso, esses dias podem ser ligeiramente mais curtos que o padrão de 24 horas. Mas calma: estamos falando de uma diferença mínima, medida em milissegundos. A previsão é que nesta quarta-feira (9) o dia tenha 1,3 milissegundos a menos. O fenômeno deve se repetir em 22 de julho (com perda de 1,38 ms) e 5 de agosto (1,58 ms).

Essas mudanças são imperceptíveis para nós, segundo o ON. “Em média, a Terra completa uma rotação em 86,4 mil segundos, ou 24 horas, mas pequenas variações podem ser detectadas com o uso de relógios atômicos, tecnologia disponível desde a década de 1950”, explica, em comunicado.

Desde 2020, cientistas têm percebido que, em alguns momentos do meio do ano, os dias estão ficando um pouco mais curtos do que o normal. No ano passado, o dia 5 de julho teve 1,66 ms a menos, por exemplo. Se você é uma pessoa mais ligada à ciência, pode achar isso estranho, afinal, sabemos que, historicamente, a rotação da Terra tem ficado cada vez mais lenta – processo que ocorre desde que o planeta se formou, há cerca de 4,5 bilhões de anos, quando um dia durava entre 5 e 10 horas.

Apesar disso, diz o ON, espécies de oscilações – ou variações – ocorrem. E, com isso, os dias podem ficar ligeiramente mais curtos ou mais longos. Fernando Roig, pesquisador do ON, diz que, em média, a rotação da Terra ainda desacelera, no entanto, fatores como terremotos, o movimento do núcleo, a oscilação dos polos e mudanças nos oceanos e na atmosfera podem provocar essas variações temporárias.

As mudanças climáticas também podem estar exercendo uma influência. Isso acontece, por exemplo, por meio de um fenômeno chamado maré atmosférica – que é parecido com a maré dos oceanos, mas ocorre na atmosfera. Massas de ar se deslocam periodicamente ao redor do planeta, influenciadas por variações de temperatura e pressão. Esse movimento exerce uma força sobre a Terra, o que pode acelerar ou desacelerar levemente sua rotação.

*Com informações do Estadão Conteúdo 

 

Fonte: Jovem Pan News

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