‘Aqui ninguém põe a mão’, diz Lula sobre interesse dos EUA por minerais do Brasil

Cerimônia de Entregas do Governo Federal ao Vale do Jequitinhonha Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, durante cerimônia de Entregas do Governo Federal ao Vale do Jequitinhonha. Parque de Eventos de Minas Novas, Minas Novas - MG. Foto: Ricardo Stuckert / PR

Na última quinta-feira (24), presidente Luiz Inácio Lula da Silva adotou um tom firme em resposta ao interesse dos Estados Unidos na exploração de terras raras e minerais estratégicos do Brasil, afirmando que “aqui ninguém põe a mão”. A declaração ocorreu um dia após o encarregado de negócios da embaixada americana, Gabriel Escobar, se reunir com o setor de mineração brasileiro. Em contraponto, o vice-presidente Geraldo Alckmin demonstrou uma postura mais conciliadora, afirmando que o Brasil não descarta a possibilidade de um acordo com os EUA para a exportação desses recursos.

Durante um evento público, o presidente Lula foi categórico: “Esse país é do povo brasileiro!”. A fala foi uma reação direta ao interesse manifestado por diplomatas americanos nos minerais estratégicos do Brasil, essenciais para tecnologias de ponta, como carros elétricos, energia solar e equipamentos de defesa. Enquanto Lula mantém uma retórica de soberania nacional, o vice-presidente Geraldo Alckmin trabalha nos bastidores diplomáticos. Ele confirmou ter conversado por telefone com o secretário de Comércio norte-americano e destacou que o Brasil está aberto ao diálogo. “Não é possível um país sofrer uma injustiça dessa”, disse Alckmin, referindo-se a possíveis sobretaxas dos EUA, defendendo que não há razão econômica para tal medida e que o governo se empenha em “resolver” a questão.

O interesse americano pelos minerais brasileiros se intensifica em meio à disputa global com a China, maior detentora mundial de terras raras. O Brasil possui a segunda maior reserva conhecida do planeta, o que o posiciona como um ator-chave na corrida pela transição energética e tecnológica. A questão se torna ainda mais relevante com a iminência de um “tarifaço” — uma sobretaxa de 50% que o governo americano, sob a influência de Donald Trump, pode impor a produtos brasileiros. Segundo o ministro Fernando Haddad, a medida afetaria mais de 10 mil empresas no país. Para reforçar a negociação, um grupo de senadores brasileiros viaja a Washington nesta semana para reuniões na capital americana, buscando evitar as tarifas e encontrar um caminho para a cooperação bilateral.

*Com informações de Matheus Dias

*Reportagem produzida com auxílio de IA

Fonte: Jovem Pan News

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