Recurso será usado exclusivamente no Hospital da Vida e na UPA de Dourados, com foco na transparência e melhoria do atendimento
A Prefeitura de Dourados liberou, nesta quarta-feira (30), um aporte emergencial de R$ 3 milhões para a Fundação de Serviços de Saúde de Dourados (Funsaud). O objetivo é garantir a compra imediata de medicamentos e insumos essenciais para o Hospital da Vida e a Unidade de Pronto Atendimento (UPA).
O anúncio foi feito durante reunião no gabinete do prefeito Marçal Filho, que contou com a presença de vereadores, representantes do Conselho Municipal de Saúde, Ouvidoria do SUS, Secretaria Municipal de Saúde e diretoria da Fundação. “Esse recurso é exclusivamente para a compra de medicamentos e insumos”, reforçou o prefeito, que ainda destacou a importância da transparência no uso do dinheiro público.
Marçal afirmou que a liberação dos recursos é um esforço da gestão municipal diante da grave situação financeira herdada. “Fizemos questão de reunir todos os órgãos de controle e representação da saúde para acompanhar de perto esse processo, do início ao fim”, declarou. O prefeito também frisou que o dinheiro foi retirado da receita própria do município para atender, com urgência, os pacientes que dependem do sistema público.
A Funsaud passa atualmente por uma auditoria independente, contratada pelo Governo do Estado, que deve entregar o relatório até a segunda quinzena de agosto. Esse documento vai embasar futuras decisões sobre o destino da fundação, que há mais de uma década enfrenta dificuldades financeiras.
Segundo o secretário de Saúde, Márcio Figueiredo, a situação é crítica, com fornecedores se recusando a atender a Fundação. “O Hospital da Vida é a única referência em urgência e emergência para 34 municípios, atendendo quase 1 milhão de pessoas. Esse repasse é essencial para manter o serviço funcionando”, alertou.
Além do aporte financeiro, o prefeito disse estar em diálogo com o Governo do Estado para buscar soluções mais definitivas. Ele já entregou relatórios ao governador Eduardo Riedel e espera uma reunião exclusiva para discutir medidas estruturantes para a saúde de Dourados. “Precisamos de uma reestruturação definitiva. A Fundação opera há mais de 10 anos no vermelho e ainda recebe críticas pela qualidade do serviço”, concluiu.




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