Tsunami na Rússia deixa edifícios submersos

Uma imagem estática retirada de um vídeo fornecido pelo Centro Geofísico da Academia Russa de Ciências mostra uma área inundada em Severo-Kurilsk, região de Sakhalin, Rússia, em 30 de julho de 2025. As autoridades da região de Sakhalin, na Rússia, declararam estado de emergência após um terremoto de magnitude 8,8 atingir a Península de Kamchatka, na Rússia, em 30 de julho, disparando alertas de tsunami e ordens de evacuação. (Terremoto/sismo, Rússia) EFE/EPA/LEVANTAMENTO GEOFÍSICO DA ACADEMIA RUSSA DE CIÊNCIAS - FOLHETO - USO EDITORIAL SOMENTE/VENDA PROIBIDA

Moradores de Severo-Kurilsk relatam desespero com ondas gigantes após tremor mais forte da região em 73 anos

Nossa fábrica está afundando sob a água!”, gritou uma moradora em prantos ao ver a destruição causada pelo tsunami que atingiu o porto de Severo-Kurilsk, cidade no norte das Ilhas Curilas, na Rússia. Quatro ondas gigantes invadiram a costa nesta quarta-feira (30), após um terremoto de magnitude 8,8 atingir a região.

Imagens divulgadas pela TV russa Zvezda mostram o prédio da fábrica de frutos do mar Alaid submerso, com contêineres boiando no mar. Segundo o prefeito Aleksandr Ovsiannikov, a água invadiu cerca de 200 metros terra adentro. Ele gravou um vídeo dirigido aos cerca de 2.500 moradores que foram evacuados, ressaltando a gravidade da situação.

O epicentro do terremoto foi registrado a 126 km de Petropávlovsk, em Kamchatka, a uma profundidade de 20,7 km, por volta das 20h24 (horário de Brasília) da terça-feira, segundo o Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS). Esse foi o tremor mais forte da região desde 1952, quando um abalo de magnitude 9 gerou tsunamis devastadores por todo o Pacífico.

Mesmo com o impacto, moradores locais relataram que a maioria das pessoas permaneceu calma. “Em muitos apartamentos os móveis caíram e a louça quebrou”, disse Oleg Stuchinski ao jornal Rossiyskaya Gazeta. Já Sergey Lakomov contou que o pânico ficou restrito a turistas e famílias com crianças pequenas.

Ruas vazias e alarmes soando marcaram o cenário de Severo-Kurilsk após a evacuação. O serviço sismológico de Kamchatka alertou para possíveis réplicas de até 7,5 graus nas próximas horas.

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