Com nova gestão, Hospital Santa Rita inicia atendimentos pediátricos e firma convênio com a Cassems
Com nova gestão sob responsabilidade do Instituto Brasil Amazônia (Inbases), o Hospital Santa Rita, em Dourados, entra em uma nova fase de reestruturação.
A unidade está retomando áreas que estavam desativadas, ampliando serviços e reforçando sua atuação tanto na rede particular quanto no atendimento por convênios. A partir do dia 15 de agosto, uma das principais novidades é a reativação do pronto atendimento e das internações pediátricas.
Segundo a diretora clínica Fernanda Bartolli, desde o início da transição o foco foi recuperar a capacidade operacional do hospital. “O hospital em momento nenhum estava fechado, mas ele tinha muitas áreas desativadas. Então, num primeiro momento, nós reativamos a UTI adulto. O pronto-socorro nunca chegou a fechar”, explicou.
Além da retomada da estrutura assistencial, a nova gestão também investiu na modernização tecnológica do hospital. Foram adquiridos novos aparelhos para o laboratório, ultrassom, eco, router, Mapa (Monitorização Ambulatorial da pressão arterial) e equipamentos de vídeo para o centro cirúrgico.
Fernanda explica que a ideia foi estruturar o hospital para dar suporte não só aos atendimentos de urgência, mas também aos eletivos. “A medicina muda muito, né? Esses aparelhos, eles se modernizam a todo momento. Então, o investimento foi nesse sentido”.
O valor total do investimento ainda não foi fechado, mas, segundo ela, apenas na fase de transição tecnológica, os aportes giram em torno de R$ 10 milhões.
A pediatria, que será reativada a partir do dia 15 de agosto, funcionará no modelo de “aula de Cinderela”, com plantões diurnos e noturnos. “Inicialmente, a gente vai abrir no período diurno e até a 1 da manhã”,
Internações pediátricas em enfermarias e apartamentos também estarão disponíveis. A UTI pediátrica e a neonatal ainda não serão reabertas neste momento, mas já fazem parte do planejamento próximo da instituição. “Mas já é uma previsão aí bem próxima para inaugurar também a UTI pediátrica e possivelmente a UTI neonatal”.
A reativação da pediatria não estava inicialmente prevista para acontecer tão cedo, mas foi incluída no planejamento devido à forte demanda popular.
“Logo que a gente chegou, não era uma ideia de programação ser tão rápida a pediatria, mas foi uma questão de demanda mesmo. Todo mundo começou a perguntar, a população, o pessoal vai lá perguntar, manda nas redes perguntando. Então, por isso a gente fez, em passos mais curtos, essa reativação da pediatria”.
Além da pediatria, o hospital também retoma outros serviços de forma gradual. A ortopedia e a ginecologia já estão em funcionamento, e a previsão é que, em até 60 dias, a maternidade seja reativada. “A ginecologia ela já está aberta e o serviço de ginecologia já encontra ativo e não a obstetrícia. Mas a obstetrícia com a pediatria, ela é uma questão também de muita demanda, né? As pessoas tinham o hábito de utilizar o hospital ali pra maternidade. Então, é uma coisa que a gente vai ter num futuro próximo, acredito que não mais que 60 dias para reativar também”.
O hospital optou por um modelo de reabertura por etapas, como forma de garantir responsabilidade financeira e evitar sobrecargas.
“A gente optou por fazer por partes para que a gente consiga arcar com todo esse investimento. A gente sabe que o hospital veio de uma questão complicada e a gente vem resolvendo isso, mas justamente para que a gente não caísse aí numa questão semelhante, a gente optou por fazer por partes e de uma maneira mais programada”.
A estrutura física do prédio se mantém, sem obras ou ampliações. As intervenções, segundo Fernanda, foram focadas exclusivamente em tecnologia e equipamentos. “A estrutura física do hospital, ela se mantém. O que precisou alterar foi o maquinário. A questão, como eu te falei, o parque tecnológico, tinha alguns materiais que estavam um pouco mais obsoletos”.
Convênio
Outra grande novidade é a formalização do convênio com a Cassems. Os atendimentos já começaram para beneficiários do plano no pronto-socorro adulto e ortopédico, e, a partir do dia 15, incluirão também o pronto-socorro infantil. “Todos os modelos de internação, inclusive o TI e cirurgias eletivas” também estão contemplados, segundo a diretora. “Está aberto, assim, na totalidade dos atendimentos, bem como os outros convênios.”
Sobre o nome da unidade, Fernanda explicou que não há intenção de mudança, ao menos neste primeiro momento. “O nome é uma questão que por hora a gente não vai mudar, tá? A gente vai ali depois associar um segundo nome, que é o nome da organização, mas o nome Santa Rita é um nome muito tradicional na cidade de Dourados. É um hospital muito antigo, muito tradicional. A gente vê que a população de Dourados tem um carinho pelo hospital Santa Rita, um nome.A gente vê muitas pessoas, ‘ah, eu nasci no Santa Rita, eu ganhei meus filhos no Santa Rita’. Então, você vê que é um hospital tradicional na cidade. Então, por essa razão, por hora, a gente não vai mexer, não”.
A retomada dos atendimentos pelo Sistema Único de Saúde (SUS) também está nos planos. Nova gestão, com uma dinâmica diferente, os serviços não funcionarão por porta aberta, como ocorre nos prontos atendimentos tradicionais. A ideia é atender por meio da regulação, com foco em cirurgias e internações programadas.
“A nossa ideia é trabalhar com SUS, nós já regularizamos toda a documentação, a gente vai sim começar a atender o SUS, mas de uma maneira que seja regulada… Então, a gente trabalha aí no sentido de diminuir as filas. Fazendo mutirões cirúrgicos, cirurgias programadas e aí reguladas”.
A diretora destacou que o compromisso com a qualidade dos serviços também se estende ao SUS. “Nós vamos abrir também a internação para o SUS, reafirmando o compromisso, de excelência no atendimento, qualidade e segurança do paciente sempre, né? Que é nosso lema, é o lema da empresa, é o lema da instituição. E aí a gente quer permanecer com isso”.
Fonte: Dourados News




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