Apoiadores do ex-presidente realizam buzinaço e carreata; bloqueios visam impedir acesso à Praça dos Três Poderes e evitar novos protestos
Na noite desta segunda-feira (4), a Polícia Militar do Distrito Federal intensificou a segurança em Brasília e bloqueou o acesso à Esplanada dos Ministérios e à Praça dos Três Poderes. A medida foi adotada logo após o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, decretar a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O objetivo principal do bloqueio é impedir que os manifestantes, convocados para um “buzinaço” em protesto contra a decisão, cheguem até o Supremo Tribunal Federal.
Na madrugada do último dia 26, o deputado federal Hélio Lopes (PL-RJ), aliado de Bolsonaro, deixou o acampamento montado na Praça dos Três Poderes por ordem do ministro Moraes. O deputado havia iniciado uma greve de silêncio horas antes. Além disso, Moraes proibiu a instalação de novos acampamentos num raio de um quilômetro em torno da Praça dos Três Poderes, da Esplanada dos Ministérios e até mesmo de quartéis das Forças Armadas. A justificativa para essa medida foi evitar episódios semelhantes aos do 8 de janeiro.
Mesmo com os bloqueios, apoiadores do ex-presidente seguiram em carreata pela cidade, escoltados por uma viatura da Polícia Militar. O grupo, composto por carros e motos, dirigiu-se ao condomínio onde Bolsonaro reside, entoando gritos como “Fora, Xandão” e “Fora, Moraes”. O deputado Zé Trovão (PL-SC) criticou a decisão de Moraes e afirmou ao Estadão que a medida é “mais uma arbitrariedade”. Segundo ele, “esse cara quer tocar fogo no País e destruir a democracia brasileira”. Sobre o destino da carreata, Trovão declarou: “Nós vamos até a frente do condomínio do presidente.”




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