Trevo sofre com engarrafamentos e acidentes, mas viaduto só no 4º ano do novo contrato

Trevo sofre com engarrafamentos e acidentes, mas viaduto só no 4º ano do novo contrato

O Trevo da Bandeira, em Dourados, que liga a Avenida Hayel Bon Faker às rodovias BR-463 e BR-163, enfrenta diariamente congestionamentos, acidentes e transtornos para os motoristas.

Considerado um dos pontos mais críticos do trânsito local, o trevo é uma rota estratégica para quem sai da cidade em direção a outras regiões, especialmente para a fronteira com o Paraguai, além de ser acesso principal a grandes indústrias instaladas no município.

Esse conjunto torna o fluxo de veículos, sobretudo caminhões e carretas, intenso e constante.

O local, com suas múltiplas saídas e grande circulação de veículos pesados, apresenta alto risco de colisões e panes mecânicas, que acabam paralisando o trânsito por longos períodos.

Osmir, funcionário de uma churrascaria que fica em frente ao trevo e que trabalha na região há 23 anos, afirma que a situação é preocupante e antiga.

“Todo dia acontece acidente. Quando quebra uma carreta ou um carro, leva mais de meia hora para liberar. Já vi caminhão passando pelo meio do pátio da churrascaria porque a pista estava travada. Toda semana tem carreta quebrada e o congestionamento facilmente passa dos dois quilômetros”, relata.

Como solução para os problemas no Trevo da Bandeira, está previsto no Programa de Exploração da Rodovia, elaborado pela Motiva — concessionária que assumiu a BR-163 (antes CCR MSVia) — a implantação de uma interseção tipo diamante no km 256, onde o trevo está localizado.

A medida já era prevista em contrato anterior, datado de 2014, mas nunca saiu do papel. 

Uma solução está prevista no Programa de Exploração da Rodovia elaborado pela Motiva, concessionária que assumiu a BR-163, quando ainda operava como CCR MSVia.

O projeto inclui a implantação de uma interseção em diamante no km 256, onde fica o Trevo da Bandeira, visando reorganizar o tráfego e reduzir pontos de conflito.

 

Nesta interseção, as vias cruzam-se em formato de diamante, com rampas de acesso que facilitam as conversões à esquerda e à direita sem que os veículos precisem parar ou cruzar diretamente o fluxo contrário. Isso reduz os congestionamentos e torna o trânsito mais organizado.

Investimentos e atraso nas obras

A Motiva enfrentou críticas no passado por não cumprir metas de duplicação da rodovia, apenas cerca de 17,7 % dos 845 km previstos foram concluídos até 2024.

No entanto, com a recente repactuação do contrato, garantiu-se mais 29 anos de concessão e um robusto plano de R$ 16,5 bilhões em investimentos, que inclui duplicação de 203 km, faixas adicionais, contornos, vias marginais, passarelas, pontos de parada e, especificamente, a implantação de seis interseções tipo diamante. 

O Dourados News entrou em contato com a assessoria de imprensa da Motiva para saber o prazo para o início das obras no Trevo da Bandeira e concessionária deve acontecer daqui a quatro anos.

“A Motiva Pantanal informa que a implantação do dispositivo diamante, no km 256 da BR-163/MS, em Dourados, está prevista para ser entregue à população no quarto ano da concessão, conforme o cronograma de obras estabelecido pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), por meio do contrato de concessão da rodovia.

Enquanto isso, a concessionária segue atuando no trecho com medidas de segurança viária, como reforço da sinalização e outras ações voltadas à orientação dos clientes e à melhoria das condições de tráfego, garantindo mais segurança e conforto a todos que circulam pela rodovia”, diz os trechos da nota.
 

Fonte: Dourados News

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