Trump diz que propôs à China a liberação de Jimmy Lai como parte do diálogo bilateral

Trump na escocia

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta quinta-feira (14) que incluiu a libertação do empresário Jimmy Lai, preso desde 2020 em Hong Kong, entre os temas a serem tratados nas negociações comerciais que seu país mantém atualmente com a China, embora tenha reconhecido que se trata de uma questão complexa.

Trump, que já havia afirmado que tentaria libertar Lai antes mesmo de retornar ao poder, afirmou que já levantou a questão com Pequim e reiterou que fará “tudo o que puder para salvar” o ex-proprietário do jornal Apple Daily, que está sendo julgado em Hong Kong por acusações de conluio e sedição, que podem lhe render prisão perpétua.

No entanto, o presidente americano reconheceu que “o presidente Xi (Jinping) não estaria exatamente encantado” em concordar com a libertação de Lai. “Dito isso, seu nome já entrou no círculo de assuntos que estamos discutindo e veremos o que podemos fazer”, acrescentou Trump, que advertiu que Lai “não é um homem jovem”, cuja saúde “não está muito boa”.

A possível libertação de Lai, acusado de vários crimes em virtude da Lei de Segurança Nacional de Hong Kong, seria uma demonstração de boa vontade de Xi para avançar rumo a um acordo comercial com os EUA, segundo analistas.

Lai e suas três empresas ligadas ao extinto jornal Apple Daily enfrentam acusações sob a rigorosa legislação que Pequim impôs em 2020 a Hong Kong, entre elas “conspiração com forças estrangeiras” e “sedição”, pelas quais ele poderia ser condenado à prisão perpétua.

Trump assinou esta semana uma ordem para prorrogar por mais 90 dias a trégua na guerra tarifária com a China, enquanto continuam as negociações entre as duas potências econômicas.

Washington e Pequim já haviam chegado a um acordo temporário pelo qual os EUA reduziram de 145% para 30% as tarifas, enquanto a China reduziu de 125% para 10% os impostos sobre produtos americanos. Eles também eliminaram restrições ao comércio de bens essenciais, como terras raras e semicondutores.

*Com informações da EFE

Publicado por Nátaly Tenório 

Fonte: Jovem Pan News

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