O estado do Piauí vive um êxtase pela grande decisão desse sábado (16), às 21h. O Atlético Piauiense faz a partida de volta da final do Brasileiro Feminino A3 contra o Vila Nova e, em caso de título, pode dar ao seu estado a primeira taça nacional na história.
A missão, porém, não é tão simples. A equipe nordestina foi derrotada na primeira partida da decisão: as goianas abriram dois gols de vantagem e o Atlético tentou correr atrás, mas só marcou uma vez e não conseguiu o empate. Agora, as piauienses precisam de uma vitória mínima para forçar os pênaltis.
Desde o começo da temporada, a meta do Atlético era conquistar o acesso para o Brasileiro Feminino A2, de acordo com o presidente do clube, Edson Sá. E, para isso, a diretoria foi atrás de montar um elenco forte para sua primeira temporada na competição nacional. Tão bem montado que deu resultado: o Atlético está confirmado na segunda divisão em 2026.
A artilheira da equipe e principal destaque é a jovem atacante Silmara, que está em sua segunda temporada pelo clube e marcou 11 vezes em 11 partidas, sendo dez tentos pelo Brasileiro. Ela tem seis gols de vantagem na liderança da equipe, já que Madeleine Jaine, vice-artilheira, balançou as redes cinco vezes. Com três gols a mais que a vice-goleadora da A3 do Brasileiro, Silmara deve terminar o torneio como a atleta que mais marcou.
Mas o brilho do Atlético Piauiense não fica só por isso. As experientes Nenê, atacante tricampeã brasileira e vencedora de Copa Libertadores Feminina, Suellen, figurinha carimbada no futebol europeu e também campeã no Brasil, e Cris, jogadora de Guiné-Equatorial que foi campeã do Brasileiro Feminino há mais de dez anos, estão no elenco.
Cris, por sua vez, pode conquistar um feito inédito no futebol feminino. Caso o Atlético Piauiense reverta o placar e conquiste o título, a jogadora se tornará a primeira a conquistar a Série A1, a Série A2 e a Série A3 do Campeonato Brasileiro. Em 2014, ela venceu a elite com a Ferroviária e, cinco anos depois, foi campeã da segunda divisão com o São Paulo.
Todo o estado do Piauí estará colado na TV na tarde deste sábado, com o sonho de conquistar o primeiro título nacional do estado. Acre, Amapá, Rondônia, Roraima, Tocantins, Sergipe, Espirito Santos, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul são outros estados que também nunca chegaram a tal feito.
O Piauí bateu na trave em uma oportunidade, não tão antiga. Foi na temporada de 2015 que o River-PI, maior campeão estadual com 37 troféus, conquistou o acesso à Série C. A campanha, porém, terminou com o vice-campeonato da quarta divisão, enquanto o Botafogo-SP ergueu a taça.
Com três gols de Francis, o clube paulista venceu a partida de ida no interior paulista por 3 a 2. Na volta, mesmo com cerca de 40 mil pessoas presentes no Albertão, o River não conseguiu furar o bloqueio adversário e viu o empate sem gols perdurar durante todos os 90 minutos, ficando, assim, com o vice-campeonato.
Dez anos depois, o futebol feminino pode dar o primeiro título nacional do Estado neste sábado.
Fonte: Ogol




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