A instalação da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS, nesta quarta-feira (20), foi marcada por críticas duras da oposição ao governo Lula e ao PT. O colegiado, formado por 32 membros titulares, terá inicialmente 120 dias para investigar fraudes bilionárias em benefícios previdenciários, incluindo descontos irregulares em aposentadorias, pensões e empréstimos consignados.
Em uma vitória da oposição, o senador Carlos Viana (Podemos-MG) foi eleito presidente da CPMI, derrotando o governista Omar Aziz (PSD-AM). Logo em seguida, Viana indicou como relator o deputado Alfredo Gaspar (União-AL), aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro, em substituição a Ricardo Ayres (Republicanos-TO), que já vinha se apresentando como indicado da Câmara. A manobra gerou atrito com a base governista e foi vista como revés para o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), e para o Planalto.
Durante a sessão, parlamentares da oposição miraram diretamente no governo Lula e em petistas:
Entre os governistas, o deputado Alencar Santana (PT-SP) rebateu as críticas e disse que, se Bolsonaro tivesse sido reeleito, “os roubos ainda estariam acontecendo”.
O relator Alfredo Gaspar afirmou que não fará distinção de partidos ou cargos: “Bandido é bandido, seja senador ou presidente”. Segundo ele, o plano de trabalho deve incluir investigações sobre fraudes em empréstimos consignados e descontos associativos.
A CPMI foi criada após denúncias de que associações e entidades arrecadaram bilhões em um esquema de descontos não autorizados em aposentadorias e pensões. Segundo investigações preliminares da Polícia Federal e da Controladoria-Geral da União, o rombo pode chegar a R$ 6,3 bilhões. A expectativa é de que a comissão produza medidas para reforçar a segurança e a transparência do sistema previdenciário e, eventualmente, peça o indiciamento de envolvidos.
*Reportagem produzida com auxílio de IA
Fonte: Jovem Pan News




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