O ministro do STF decretou busca e apreensão contra o pastor. Mensagens de WhatsApp revelam que Malafaia criticava o filho do ex-presidente, Eduardo Bolsonaro, após a imposição de tarifas pelos Estados Unidos. Moraes, com efeito, entende que o pastor atuou como um orientador das ações do ex-presidente.
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), decretou medidas cautelares contra o pastor Silas Malafaia. As ações, em suma, vieram depois de a Polícia Federal obter mensagens de WhatsApp do religioso para o ex-presidente Jair Bolsonaro.
O teor das mensagens revela críticas ao filho de Bolsonaro, o deputado federal Eduardo Bolsonaro. A conversa ocorreu depois que os Estados Unidos anunciaram a imposição de tarifas de 50% aos produtos brasileiros. “(…) vem teu filho babaca falar merda! Dando discurso nacionalista que eu sei que você não é a favor disso. Dei-lhe um esporro, cara… mandei um áudio a ele de arrombar. E disse para ele: a próxima que tu fizer, eu faço um vídeo e te arrebento”, disse o pastor. Ele também afirmou que havia amadorismo por parte deles.
Segundo o ministro Alexandre de Moraes, a finalidade explícita dos diálogos era a obtenção de anistia. Os investigados, de fato, a buscavam em troca do fim das sanções tarifárias impostas pelo governo de Donald Trump aos produtos brasileiros. O ministro, por sua vez, considerou que o pastor teve um papel de orientador das ações do ex-presidente e do deputado.
O ministro Alexandre de Moraes determinou, nesta quarta-feira (20), a busca e apreensão contra o pastor. A Polícia Federal (PF) apreendeu o celular de Malafaia no Aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro. Além disso, a decisão de Moraes o proíbe de se ausentar do país e cancela seus passaportes. Ele deve entregar esses documentos em 24 horas. O pastor ainda está impedido de se comunicar com os demais investigados nas ações penais relacionadas à suposta tentativa de golpe.
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