Suprema Corte dos EUA vai examinar em novembro tarifas aduaneiras de Trump

Donald Trump participa de uma reunião de gabinete na Sala do Gabinete da Casa Branca em Washington

Uma corte de apelações determinou, no fim de agosto, que o presidente Donald Trump excedeu suas atribuições para impor grande parte das tarifas adotadas contra seus parceiros comerciais, e a Suprema Corte aceitou examinar o caso com urgência.

A Suprema Corte dos Estados Unidos acordou ouvir, na primeira semana de novembro, os argumentos sobre a legalidade das tarifas aduaneiras promovidas pelo presidente Donald Trump. A administração de Trump pediu ao tribunal uma “decisão expeditiva” sobre o tema.

Uma corte federal de apelações determinou, no fim de agosto, que Trump excedeu suas atribuições para impor grande parte das tarifas adotadas contra seus parceiros comerciais. A corte de apelações, no entanto, permitiu que as tarifas continuem em vigor enquanto a Suprema Corte se pronuncia a respeito. Pressionada pelo governo republicano, a Suprema Corte aceitou examinar o caso com urgência e programou uma audiência para “a primeira semana de novembro”, segundo sua decisão desta terça-feira (9).

O governo argumentou perante a máxima instância as consequências prejudiciais de invalidar as tarifas e perder uma ferramenta de pressão nas negociações com os parceiros comerciais dos Estados Unidos. O temor de tarifas exorbitantes levou muitos dos parceiros dos EUA, incluindo a União Europeia (UE), a se absterem de tomar retaliações.

Trump invocou a Lei de Poderes Econômicos de Emergência Internacional para impor tarifas “recíprocas” a quase todos os parceiros comerciais de seu país, com um nível base de 10%. Ele também utilizou atribuições similares para impor tarifas separadas a México, Canadá e China devido ao que, segundo ele, seria o fluxo de drogas letais que entram nos Estados Unidos.

O tribunal de apelações considerou que uma lei de emergência econômica não confere ao presidente “o poder de impor tarifas e outros impostos”, pois esta prerrogativa é do Congresso. No entanto, foram apresentados vários desafios legais contra as tarifas, e um tribunal de apelações decidiu no mês passado, por sete votos a quatro, que muitos desses impostos eram ilegais.

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