Israel inicia fase ‘principal’ de ofensiva terrestre para ocupar Cidade de Gaza

Esta foto tirada de uma posição na fronteira de Israel com a Faixa de Gaza mostra veículos militares israelenses perto da cerca da fronteira no território palestino sitiado em 16 de setembro de 2025. Israel lançou uma nova e massiva campanha de bombardeios na Cidade de Gaza em 16 de setembro, após a visita do Secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, que apoiou o objetivo do aliado de erradicar o movimento palestino Hamas e alertou que pode haver apenas alguns dias para uma solução diplomática. (Foto de Menahem KAHANA / AFP)

O ataque, que já matou ao menos 41 pessoas, avança em direção ao centro da cidade, que ainda abriga centenas de milhares de pessoas. Em suma, Israel intensificou os bombardeios, e o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu afirmou que é uma “poderosa operação”.

O Exército israelense iniciou a fase “principal” de sua ofensiva na Cidade de Gaza na madrugada desta terça-feira (16). Um comandante militar afirmou que as tropas avançam “em direção ao centro” da localidade, que ainda abriga centenas de milhares de pessoas. “A ofensiva principal na Cidade de Gaza começou na noite passada”, disse o comandante. Ele afirmou que há entre 2 mil e 3 mil terroristas do Hamas na cidade.

“O Exército começou a desmantelar a infraestrutura terrorista na Cidade de Gaza”, anunciou o porta-voz das Forças Armadas, Avichay Adraee, na rede social X. O porta-voz garantiu que Gaza é uma “área de combate perigosa”. Ele alertou sua população: “Permanecer na cidade os coloca em risco”. O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, anunciou que iniciou uma “poderosa operação na Cidade de Gaza”.

Junto com o movimento dos tanques, Israel intensificou os bombbardeiros contra a capital, usando mísseis, drones, fogo de artilharia e disparos de helicópteros. Ao menos 41 pessoas morreram na Faixa após a noite de ataques israelenses, que também se intensificaram no centro da Faixa, matando quatro palestinos.

Em meados de agosto, a Cidade de Gaza abrigava cerca de 1 milhão de pessoas. No entanto, desde que Israel anunciou sua intenção de invadir a capital, houve um êxodo de seus cidadãos para o sul. O Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA) informou, na segunda-feira (15), que cerca de 142 mil pessoas deixaram a cidade.

Relatores de direitos humanos da ONU, organizações internacionais e um número crescente de países classificam como genocídio a ofensiva militar israelense. A ofensiva já matou cerca de 65 mil pessoas, incluindo mais de 19 mil crianças.

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