Um levantamento da Genial/Quaest revela que a rejeição a Tarcísio de Freitas subiu 8 pontos desde março, mas seu nível ainda está abaixo do de Lula e Bolsonaro. O governador de São Paulo, no entanto, é o mais desconhecido entre os pré-candidatos e, por isso, tem uma grande oportunidade de crescimento.
A pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta quinta-feira (18) mostra que a rejeição nacional ao governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), chegou a 40% em setembro. O índice, que em março era de 32%, vem subindo de forma constante nos últimos meses. Ele, com efeito, sinaliza uma maior exposição do republicano no cenário eleitoral.
Apesar da escalada, o patamar de rejeição de Tarcísio ainda está abaixo do registrado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), cuja rejeição está em 52%. O índice do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), padrinho político de Tarcísio, é de 64%.
O ex-ministro da Infraestrutura de Bolsonaro tem dado sinais de aproximação ao bolsonarismo mais ideológico. Na primeira semana deste mês, Tarcísio esteve em Brasília. Ele se reuniu com presidentes de partidos para articular a pauta da anistia aos condenados por tentativa de golpe. O movimento do governador culminou no ato de 7 de setembro. “Ninguém aguenta mais a tirania de um ministro como Moraes”, disparou, em crítica direta ao ministro do STF Alexandre de Moraes.
A escalada de tensão, no entanto, gerou alertas na sua própria base. Após a repercussão, Tarcísio foi aconselhado a reduzir a temperatura do discurso. Na última terça-feira (16), ele tentou sinalizar moderação. “O esforço que tinha de ser feito, foi feito”, declarou.
O levantamento da Quaest também aponta um trunfo para o governador paulista. Tarcísio está entre os pré-candidatos mais desconhecidos nacionalmente: 34% dos eleitores afirmaram não saber quem ele é. Entre os que já o conhecem, 26% disseram que votariam nele. A comparação com Lula, por sua vez, revela o abismo em termos de notoriedade: apenas 2% disseram não conhecer o presidente.




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