Entenda os 20 pontos do plano de Trump para a paz em Gaza

O presidente dos EUA, Donald Trump (à direita), e o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu (à esquerda), realizam uma coletiva de imprensa conjunta no Salão de Jantar de Estado da Casa Branca, em Washington, D.C., EUA, em 29 de setembro de 2025. Durante o encontro, Trump pressionou Netanyahu a aceitar um acordo de paz para pôr fim à guerra em curso em Gaza e para que o Hamas libertasse os reféns restantes. EFE/EPA/JIM LO SCALZO / POOL

O plano, publicado nesta segunda-feira (29), detalha a retirada israelense, a libertação de reféns e a reconstrução do território. Benjamin Netanyahu apoiou a proposta com cautela, que estabelece uma “Junta da Paz” e exige a desmilitarização completa do Hamas.

A Casa Branca publicou, nesta segunda-feira (29), um plano de 20 pontos para pôr fim à guerra em Gaza. O objetivo é libertar os reféns mantidos pelo Hamas e definir o futuro do território palestino. O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, apoiou o plano com cautela, em uma intervenção ao lado do presidente americano, Donald Trump, na Casa Branca.

Principais pontos do plano:

  1. Fim da guerra e Retirada: Se ambas as partes concordarem, a guerra terminará imediatamente. As forças israelenses se retirarão gradualmente e suspenderão todas as operações militares.
  2. Libertação de Reféns: Todos os reféns, vivos e mortos, serão devolvidos dentro das 72 horas seguintes à aceitação pública do acordo por parte de Israel.
  3. Libertação de Prisioneiros: Uma vez entregues todos os reféns, Israel libertará 250 prisioneiros condenados à prisão perpétua e 1.700 habitantes de Gaza detidos após 7 de outubro de 2023, incluindo todas as mulheres e crianças.
  4. Anistia e Exílio do Hamas: Os membros do Hamas que se comprometerem com a coexistência pacífica e entregarem suas armas obterão anistia. Além disso, aqueles que desejarem sair de Gaza receberão passagem segura para os países receptores.
  5. Reconstrução e Desmilitarização: Gaza será uma zona livre de terrorismo e desradicalizada. Toda a infraestrutura militar e ofensiva, incluindo túneis e instalações de produção de armas, será destruída e não será reconstruída. O processo de desmilitarização de Gaza será realizado sob a supervisão de observadores independentes.
  6. Governança: Gaza será governada por um comitê palestino tecnocrático e apolítico. Uma nova Junta Internacional de Transição, a “Junta da Paz”, presidirá esse comitê, com Donald Trump como presidente. O Hamas e outras facções, por sua vez, concordam em não participar da governança de Gaza.
  7. Assistência Humanitária: Toda a assistência será enviada imediatamente para a Faixa de Gaza. A distribuição da ajuda será realizada sem interferência através das Nações Unidas e de outras instituições internacionais não associadas a nenhuma das partes.
  8. Força Internacional: Os Estados Unidos colaborarão com parceiros árabes e internacionais para desenvolver uma Força Internacional de Estabilização temporária. A força capacitará e dará apoio às forças policiais palestinas credenciadas em Gaza.

O plano também prevê o estabelecimento de um diálogo entre Israel e os palestinos para acordar um horizonte político para uma coexistência pacífica e próspera. Além disso, ele poderia criar as condições para a criação de um Estado palestino.

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