EUA impõem tarifa de 100% a 150% sobre produtos marítimos e logísticos da China

navio chinês yi peng

O governo dos Estados Unidos impôs uma nova rodada de tarifas sobre produtos chineses ligados aos setores marítimo e logístico. A medida busca “fortalecer a segurança econômica” do país e entra em vigor em 9 de novembro.

O governo dos Estados Unidos anunciou uma nova rodada de tarifas de 100% a 150% sobre produtos chineses. As tarifas estão ligadas aos setores marítimo, logístico e de construção naval. A ação busca “reduzir a dependência de fontes chinesas” e “fortalecer a segurança econômica e de cadeias de suprimentos” do país. O texto, com efeito, será publicado nesta quinta-feira (16).

De acordo com o documento, as novas tarifas entram em vigor em 9 de novembro e abrangem uma ampla gama de equipamentos usados em portos e transporte intermodal. Entre os produtos afetados estão guindastes “ship-to-shore” (STS) e chassis intermodais.

A tarifa também se aplica a equipamentos “fabricados, montados ou contendo componentes de origem chinesa”. O valor foi fixado em US$ 46 por tonelada para navios estrangeiros transportadores de veículos, com limitação de cinco cobranças por embarcação ao ano.

O USTR (Escritório do Representante Comercial dos Estados Unidos) justificou que a imposição de tarifas de 100% sobre guindastes e chassis intermodais da China tem o objetivo de “aumentar a alavancagem dos EUA”. A proposta também prevê tarifas adicionais de até 150% sobre outros equipamentos portuários.

O documento também abre uma consulta pública até 10 de novembro sobre possíveis ajustes nas tarifas. Além disso, o USTR revogou a possibilidade de suspender licenças de exportação de gás natural liquefeito (GNL). A medida, segundo o texto, busca evitar “disrupções de curto prazo” no setor energético.

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