Lula confirma reunião entre Brasil e EUA e brinca sobre aproximação de Trump: ‘Pintou uma indústria petroquímica’

Brazil’s President Luiz Inacio Lula da Silva gestures during a press conference after the opening session of the 'World Food Forum 2025' at the headquarters of the FAO (Food and Agriculture Organization of the United Nations) in Rome, on October 13, 2025. (Photo by Andreas SOLARO / AFP)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) confirmou nesta quarta-feira (15) que representantes do governo brasileiro e americano se reunirão nesta quinta-feira (16) para discutir o chamado tarifaço — em vigor desde 6 de agosto — e as sanções impostas a autoridades brasileiras. O encontro será entre o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, e o secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio, em Washington.

Durante evento no Rio de Janeiro, em comemoração ao Dia do Professor, Lula comentou o diálogo recente que teve por telefone com Donald Trump, destacando o bom relacionamento com o americano. O presidente fez referência à fala de Trump na ONU, quando disse ter tido uma “química excelente” com ele. “Eu comecei a falar o que eu deveria falar. Aí, não pintou química, pintou uma indústria petroquímica”, brincou Lula. O petista contou ainda que, na ligação, propôs uma conversa “sem liturgia”. “Eu disse: ‘Eu estou fazendo 80 anos hoje, você vai fazer 80 em junho. Então, vamos nos tratar de ‘você’”, relatou.

Um dos pontos de embate entre Brasil e Estados Unidos e que pode ser discutido na reunião envolve a proposta de substituição do dólar por uma moeda comum dos países do Brics, grupo que reúne economias emergentes como Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. Pessoas próximas a Trump indicam que este ponto, mais do que as medidas impostas contra Jair Bolsonaro pelo STF (Supremo Tribunal Federal), alimentaram a animosidade da Casa Branca contra o Palácio do Planalto.

A reunião também ocorre em um momento de tensões comerciais globais, marcadas por novas tarifas e disputas entre Washington e Pequim. Nesta quarta (15), o secretário do Tesouro americano, Scott Bessent, afirmou que os EUA “não permitirão que um grupo de burocratas em Pequim controle a economia global”. Ele e o representante comercial Jamieson Greer criticaram as restrições chinesas à exportação de bens de terras raras, insumos essenciais para indústrias de alta tecnologia.

Pouco antes da coletiva, o governo dos EUA anunciou tarifas adicionais entre 100% e 150% sobre produtos marítimos e de construção naval da China. Com a negociação marcada para esta quinta, o Brasil entra em um cenário de reaproximação diplomática com Washington, enquanto tenta equilibrar suas relações comerciais com os dois maiores parceiros econômicos globais — Estados Unidos e China.

Publicada por Felipe Dantas

*Reportagem produzida com auxílio de IA

Fonte: Jovem Pan News

Comentários