Em defesa da democracia!? Acorda, Brasil!

Em defesa da democracia!? Acorda, Brasil!

O Prêmio Nobel da Paz de 2025, concedido à venezuelana María Corina Machado, é o reconhecimento merecido pela sua luta em defesa da democracia na Venezuela. Ou seja, o prêmio mais prestigiado do mundo foi entregue a uma mulher que enfrentou a ditadura de Nicolás Maduro, o mesmo homem que Luiz Inácio Lula da Silva ajudou a sustentar – e continua a defender. E eles se dizem defensores da democracia!? María Corina ainda dedicou o prêmio a Donald Trump, o que escancarou um ponto incômodo para o “progressismo” internacional… 

DONALD TRUMP… O presidente americano, que durante anos foi retratado como símbolo de autoritarismo, conseguiu um feito diplomático que parecia impossível: negociar o fim da guerra na Faixa de Gaza com a devolução de todos os reféns israelenses. O acordo, mediado com o Egito e os Emirados Árabes, encerrou meses de terror e de impasse humanitário. María Corina fez questão de sublinhar isso em sua fala: “A paz real só existe quando a liberdade vence o medo”. Na prática, os EUA é o país determinante na luta pela paz. (Fonte: gazetadopovo.com)

A atuação de Trump na resolução do conflito no Oriente Médio e na pressão direta sobre a ditadura de Maduro, incluindo novas sanções e congelamento de ativos da elite chavista, foi decisiva para enfraquecer o regime e abrir espaço para a resistência democrática venezuelana. Portanto, um reconhecimento justo do fato de que a liberdade na América Latina não virá dos discursos de esquerda, mas de quem ousa desafiar a tirania, com resultados concretos. E o constrangimento para Lula? Foi inevitável. Afinal, o presidente é um dos principais aliados de Nicolás Maduro.

LULA LÁ… Ele fez campanha pública por Maduro, aparecendo em anúncios de TV na Venezuela. Parte dos presos da Lava Jato denunciaram que recursos desviados pelo PT no Brasil foram usados para financiar campanhas do chavismo. Os marqueteiros Mônica Moura e João Santana admitiram, em delação, que receberam dinheiro de corrupção do Partido dos Trabalhadores para atuar na campanha de Nicolás Maduro. Em outras palavras, Lula não é apenas cúmplice político da ditadura venezuelana, mas contribuiu diretamente para instaurá-la. (Madeleine Lacsko)

Enquanto María Corina Machado arriscava a própria vida para enfrentar um regime que persegue, prende e tortura opositores, Lula ironizava sua cassação. Em 2023, afirmou que era um “problema interno da Venezuela”, expressão usada há décadas por autocratas para justificar repressões desumanas. Também foi irônico e machista ao zombar de María, dizendo que ela estava chorando demais, e deveria escolher outro candidato quando Maduro impediu sua candidatura. Agora, a mulher que ele desprezou tornou-se símbolo mundial de coragem e defesa da democracia.

O SONHO… Há anos circula em Brasília um rumor: Lula sempre sonhou em ganhar o Nobel da Paz. Organizações e movimentos ligados ao PT insistem nessa indicação e ele se envaidece com a ideia. Quer ser visto como o líder que pacifica o mundo com discursos. Mas os FATOS teimam em contradizê-lo. Desde que voltou ao poder, duas mulheres que enfrentaram ditadores amigos de Lula ganharam o prêmio. Em 2023, a iraniana Narges Mohammadi, presa por denunciar a opressão dos aiatolás. Em 2025, María Corina Machado, vítima do chavismo apoiado pelo PT…

O Nobel, neste caso, mostrou ao mundo que a verdadeira defesa da democracia não vem de cúpulas governamentais nem de líderes que se proclamam pacificadores enquanto aplaudem tiranos. Vem de quem paga o preço e decide agir. A esquerda adora repetir que está do lado certo da história. O problema é que a história, de vez em quando, decide responder. O Nobel da Paz de 2025 mostrou o que o marketing lulopetista tenta esconder: enquanto Lula cultiva a fantasia de pacificador global, são as vítimas de seus aliados que conquistam o reconhecimento moral do mundo. 

A HISTÓRIA… No início da década de 1990, Bill Clinton precisou de mais de dez reuniões, ao longo de oito meses, para que israelenses e palestinos assinassem o Acordo de Oslo — que fixava princípios para criar um Estado Palestino e, assim, pacificar a região. Tudo ruiu em menos de dois anos. É impossível prever o desfecho do acordo entre Israel e o Hamas assinado recentemente. Mas Donald Trump precisou de menos tempo — e um número bem menor de encontros — para interromper uma guerra que perdurava há 24 meses. E se fosse o Obama? Pois é…

Enquanto o Oriente Médio alivia-se com o cessar-fogo, incontáveis países espalhados pelo mundo sofrem com violentos conflitos regionais que se arrastam há décadas. Graças às chamadas “guerras esquecidas”, título da matéria do jornalista Eliziário Rocha, a verdade é que o mundo jamais conheceu um único dia de paz completa, desde o primeiro registro da história. No Brasil, por exemplo, o nosso Supremo Judiciário mantém a guerra contra os direitos humanos e constitucionais de centenas de inocentes presos por envolvimento na baderna de 8 de janeiro de 2023. 

A VERDADE… Pesquise, por exemplo, a história de Divânio Natal Gonçalves. Um simples cidadão, sem nenhum crime. Foi preso dentro de casa. Passou meses na cadeia e teve a vida arruinada. O mandado de prisão foi emitido por Alexandre de Moraes. Sempre ele, o autoproclamado “defensor da democracia” que, na prática, faz justamente o contrário, destruindo o estado democrático de direito com suas decisões. Basta analisar o processo, com base nas leis e na constituição, como fez o seu próprio colega, ministro Luiz Fux, dentre tantos outros juristas de verdade.

A “guerra contra a corrupção” é outra guerra esquecida pela nossa suprema cúpula defensora da democracia, mas ressurgiu no Congresso com a instauração da CPMI do INSS. Documentos apresentados demonstram que o governo Lula trabalhou para facilitar os descontos indevidos no pagamento de aposentados e pensionistas. E agora? “O mais grave é a ação da AGU no Supremo, defendendo a legalidade dos descontos”, informou o senador Carlos Viana, presidente da CPMI. “Se o STF aceitar, o aposentado é que terá de provar que não pediu o desconto”. 

MAIS UM… Por falar em AGU, Jorge Messias, advogado e amigo fiel de Lula, está entre os cotados para assumir a cadeira que Luís Roberto Barroso decidiu abandonar. Outro candidato é o senador Rodrigo Pacheco. Infelizmente, tanto um quanto outro desmoralizam ainda mais um tribunal que deveria ao menos ser composto por gente com notório saber e ilibada reputação, como determina a Constituição. A decisão passa também pelo Senado — uma das casas do Congresso, que Lula classificou como o de mais “baixo nível” que já viu. (Fonte: revistaoeste.com)

Se o Congresso é de baixo nível, o que dizer do atual Judiciário e do Executivo? No Brasil, o que está péssimo sempre pode piorar…

Fonte: Dourados News

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