Fraudes com guias falsas crescem e especialista ensina como se proteger
Com o aumento de tentativas de fraudes fiscais, o contador e advogado Mauro Gilberto Santana alerta contribuintes sobre os principais sinais de golpes envolvendo guias falsas de pagamento de tributos federais, como o DARF. Segundo ele, o primeiro passo para evitar prejuízos é desconfiar de qualquer documento recebido fora dos canais oficiais.
De acordo com Mauro, a Receita Federal não envia e-mails, mensagens de WhatsApp ou SMS com guias de pagamento, e muito menos documentos com chaves Pix ou dados bancários. “O contribuinte deve estar atento ao receber documentos via e-mail ou SMS. A Receita Federal não envia mensagens, e documentos oficiais não vêm com dados bancários ou chave aleatória para pagamento. Na dúvida, o ideal é procurar o contador ou acessar o Portal e-CAC para verificar a veracidade do documento”, explica.
O especialista reforça que o Portal e-CAC é o único meio seguro para consultar débitos, parcelamentos e emitir guias oficiais. “No portal, o contribuinte pode acessar a aba ‘Pagamentos e Parcelamentos’ ou ‘Situação Fiscal’ para confirmar se há pendências. Qualquer cobrança fora desses meios deve ser vista com desconfiança”, orienta.
Outro sinal de alerta é a presença de guias com código de barras ou aparência de boleto bancário. Mauro esclarece que “órgãos públicos federais não emitem DARFs com código de barras. Eles podem enviar alertas de pendência, mas nunca enviam guias de pagamento diretamente”.
Sobre o momento do pagamento, o contador destaca a importância de conferir as informações básicas do documento. “O contribuinte deve observar se o CNPJ e o nome do beneficiário correspondem à Receita Federal ou ao Tesouro Nacional. Se houver qualquer divergência, o pagamento não deve ser feito”, alerta.
Mauro também ressalta o papel essencial dos contadores na prevenção a fraudes. “O contador é uma peça fundamental para o contribuinte. Todos os documentos que ele emite são gerados por meio de certificação digital, em programas autorizados e interligados aos órgãos oficiais, o que garante a segurança do cliente”, pontua.
Um dos golpes mais comuns, segundo ele, é o uso de linguagem alarmante para pressionar o contribuinte. “Os golpistas agem rápido, criando pânico com ameaças de multas altíssimas, bloqueios judiciais ou perda de benefícios fiscais. O objetivo é fazer a pessoa agir sem pensar. Por isso, o melhor é manter a calma e consultar o contador antes de tomar qualquer decisão”, recomenda.
Caso o contribuinte receba uma guia suspeita, o especialista orienta: “Não abra links ou e-mails. Consulte seu contador ou acesse o e-CAC diretamente. Se for confirmada a tentativa de golpe, denuncie aos órgãos competentes”, completa.
– Para Mauro, as três regras de ouro para evitar cair em fraudes são simples:
– Desconfie de qualquer guia recebida por e-mail ou link;
– Verifique sempre se há débitos diretamente no Portal e-CAC;
– Nunca pague uma guia que não tenha sido emitida pelo contador ou pela Receita Federal.
“Órgãos públicos não têm agências de cobrança e não oferecem descontos ou benefícios fiscais por e-mail. Quando o contribuinte segue essas orientações, reduz quase a zero o risco de cair em golpes”, finaliza o advogado.
Fonte: Dourados News




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