Terapia Ocupacional e Autismo: Desenvolvendo Autonomia, Brincadeiras e Vida Diária
Cada criança é única na forma como percebe, sente e interage com o mundo. No caso do Transtorno do Espectro Autista (TEA), essa singularidade se expressa nas formas de brincar, se comunicar e lidar com as rotinas do dia a dia. É nesse contexto que a Terapia Ocupacional (TO) se torna uma aliada essencial, ajudando a criança a construir autonomia, desenvolver habilidades funcionais e promover oportunidades para regulação sensorial, e participar com mais segurança de todas as experiências da infância.
O papel do terapeuta ocupacional é olhar para a criança de maneira ampla, compreendendo como ela realiza suas atividades de vida diária — como se vestir, alimentar-se, brincar e participar de interações sociais. A partir dessa compreensão, o profissional cria estratégias personalizadas para promover o desenvolvimento motor, cognitivo, sensorial e social, sempre respeitando o ritmo e as preferências individuais.
Pesquisas mostram que crianças com TEA podem apresentar desafios sensoriais que interferem em seu bem-estar e aprendizado. Algumas são hipersensíveis a sons, texturas ou movimentos; outras buscam estímulos intensos para se autorregular. A Terapia Ocupacional ajuda a equilibrar essas respostas por meio de integração sensorial, uma abordagem que oferece experiências seguras e significativas, auxiliando a criança a compreender e se adaptar melhor ao ambiente.
No Espaço Clínico Infinity, essa atuação é integrada a outras áreas terapêuticas — como Psicologia, Fonoaudiologia, Psicomotricidade e Análise do Comportamento Aplicada (ABA). A equipe trabalha de forma colaborativa para planejar intervenções que se complementam, criando um plano terapêutico individualizado para cada criança e sua família.
Brincar é uma das ferramentas mais poderosas dentro da Terapia Ocupacional. Por meio de jogos, desafios e atividades lúdicas, o terapeuta ajuda a criança a fortalecer músculos, ampliar coordenação, trabalhar regras sociais e experimentar o prazer de se engajar com o outro. Cada conquista — seja amarrar o cadarço, aceitar uma nova textura ou brincar com colegas — é celebrada como um passo importante em direção à independência.
Mais do que ensinar tarefas, a Terapia Ocupacional busca formar experiências significativas. Ela convida a criança a explorar o mundo com curiosidade e confiança, mostrando que crescer é também descobrir o prazer de fazer as coisas por si mesma.
Porque, no fim das contas, autonomia é liberdade. E quando uma criança autista conquista essa liberdade, o mundo se torna mais acessível, acolhedor e cheio de possibilidades.
Espaço Clínico Infinity
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Fonte: Dourados News
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