População enfrenta tempo instável para homenagear entes queridos em Dourados
Nem mesmo o tempo instável afastou os douradenses das homenagens no feriado de Finados. Desde as primeiras horas da manhã deste domingo (2), o movimento foi tranquilo, mas constante, nos cemitérios municipais Santo Antônio de Pádua e Bom Jesus. Fiéis participaram das missas, acenderam velas e levaram flores para prestar homenagem a familiares e amigos que já partiram.
O inspetor da Guarda Municipal, Wesley Henklain Ferruzzi, explicou que o trabalho de segurança começou ainda na madrugada para garantir a tranquilidade dos visitantes.
“Mesmo com o tempo ruim, a Guarda Municipal desde a madrugada já esteve junto com a Agetran, prestando serviço de isolamento das vias para a melhor segurança das pessoas que vêm fazer homenagem aos seus entes queridos”, afirmou. Segundo ele, algumas ruas próximas aos cemitérios foram interditadas para evitar acidentes e garantir o fluxo de pedestres.
Entre os que estiveram no local a trabalho, estava a ambulante Glaucia de Souza, que vende flores nas proximidades dos cemitérios públicos municipais. Ela conta que, mesmo com o mau tempo, a expectativa para as vendas era positiva.
“É a primeira vez que nós viemos, eu e minha irmã. Vendemos bastante na semana em casa, mas aqui é a primeira vez. Então estamos esperando que vendemos, apesar da chuva”, relatou.
A aposentada Rosilda Lima, moradora de Dourados há 50 anos, participou da missa das 7h no cemitério municipal. Para ela, o Dia de Finados é uma data de fé e saudade.
“Meu pai, minha mãe, todos meus irmãos estão aqui. Está com dois anos que o meu último irmão Deus levou”, contou emocionada. Rosilda participa das celebrações todos os anos e acredita que a lembrança mantém viva a memória dos que se foram. “A gente só morre quando é esquecido”, afirmou.
Outra devota, Maria Zilda, destacou o simbolismo espiritual da data. “Eu vim aqui rezar pelos meus familiares que são de outra cidade e rezar por todas as almas, especialmente pelas almas do purgatório”, disse.
Para ela, o Dia de Finados é uma oportunidade de renovar a fé. “Essa data simboliza a homenagem que fazemos aos nossos entes queridos, relembrando a forma como viveram. E a chuva é bênção, chuva é graça”, completou.
Encerrando as celebrações da manhã, o Padre Fernando Lorenz, vigário da Paróquia Rainha dos Apóstolos, refletiu sobre o sentido da data. Segundo ele, a fé ajuda a compreender a morte não como um fim, mas como um recomeço.
“A fé em Jesus Cristo nos dá a certeza de que a morte não dá a última palavra, porque ele sofreu, morreu e ressuscitou. Essa data evidencia a necessidade de se fazer memória daqueles que partiram e reconhecer que a esperança na vida eterna nos salva. A morte é a porta de entrada para uma nova aventura, que é a vida eterna”, declarou o sacerdote.
Fonte: Dourados News




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