A prisão preventiva do ex-presidente Jair Bolsonaro reacendeu o debate sobre a anistia no Congresso Nacional e mobilizou diferentes setores políticos. Após a detenção, líderes da oposição passaram a defender que o projeto de lei que trata do tema avance com maior rapidez. O PL da Anistia, que já está em regime de urgência, voltou ao centro das discussões entre partidos de direita. Parlamentares do PL se reúnem nesta segunda-feira (24) para definir a estratégia da legenda. O encontro contará com lideranças da Câmara e do Senado, incluindo o senador Flávio Bolsonaro, que reforçou a intenção de buscar apoio para acelerar a votação.
Segundo o líder do partido na Câmara, deputado Sóstenes Cavalcante, a prisão de Bolsonaro cria “urgência” para que a proposta seja analisada no plenário. A sigla também promete adotar medidas de obstrução, caso o projeto não avance.
O relator do texto, deputado Paulinho da Força, tenta costurar um acordo para uma versão alternativa, voltada apenas ao cálculo das penas dos envolvidos nos atos de 8 de Janeiro, sem prever anistia ampla. O presidente da Câmara, Hugo Motta, ouviu a sugestão, mas não definiu data para votação.
No entanto, a divulgação de um vídeo em que Bolsonaro admite ter usado um “ferro quente” para tentar abrir a tornozeleira eletrônica alterou o cenário. Integrantes do Centrão passaram a avaliar que o episódio reduz o apoio ao avanço do PL da Anistia e dificulta até propostas de redução de penas. Lideranças da Câmara afirmam que não há clima para votar o tema nesta semana, sob risco de o Congresso ser acusado de afrontar o Supremo Tribunal Federal.
Mesmo assim, aliados de Bolsonaro insistem na pauta e afirmam que manterão a pressão. Para parte da oposição, a discussão deve continuar como uma das principais respostas políticas após a prisão. Enquanto isso, o governo e setores do centro aguardam que o ambiente parlamentar se estabilize para avaliar se algum desdobramento será possível nas próximas semanas.
*Reportagem produzida com auxílio de IA
Fonte: Jovem Pan News




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