O colegiado aprovou 181 requerimentos que ampliam a investigação sobre fraudes em consignados. O governador de Minas Gerais será questionado sobre a Zema Financeira. O presidente do Banco Master, preso na Operação “Compliance Zero”, também será ouvido.
A CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) do INSS aprovou, nesta quinta-feira (4), uma série de requerimentos que ampliam o escopo da investigação sobre fraudes em consignados e descontos indevidos. Entre os 181 pedidos analisados, foi confirmada a convocação do governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo). O colegiado também aprovou a convocação de Daniel Vorcaro, presidente do Banco Master, preso na operação “Compliance Zero”. A convocação de Fábio Luís Lula da Silva, filho do presidente Lula, foi rejeitada.
A chamada do governador mineiro atendeu a questionamentos sobre a Zema Financeira, empresa ligada ao grupo familiar, que oferece crédito consignado pela internet. Parlamentares afirmam que o modelo digital amplia riscos de fraude, sobretudo para idosos. A empresa esteve entre as autorizadas pelo Banco Central a conceder empréstimos consignados vinculados ao Auxílio Brasil.
Também foi aprovada a convocação e a quebra de sigilos bancário, fiscal e telemático de Daniel Vorcaro. A Polícia Federal (PF) investiga o Banco Master por comercializar CDBs prometendo rendimentos até 40% superiores à taxa básica do mercado. A corporação calcula que o esquema movimentou R$ 12 bilhões.
A CPMI rejeitou, no entanto, a convocação da presidente do Palmeiras, Leila Pereira, que controla a Crefisa. O pedido partiu do relator Alfredo Gaspar (União Brasil-AL), que citava denúncias de falhas operacionais e contratuais envolvendo aposentados.
Outro pedido rejeitado foi o de convocação de Fábio Luís Lula da Silva. O requerimento se baseou em depoimento do advogado Eli Cohen, que descreveu a existência de uma “engrenagem criminosa altamente estruturada” envolvendo associações e lobistas no INSS.




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