O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, voltou a falar que “estão contados” os dias do ditador venezuelano, Nicolás Maduro. Em entrevista concedida ao jornal digital Politico na segunda-feira (8), na Casa Branca, o republicano não descartou uma invasão terrestre na Venezuela por tropas norte-americanas.
Ao ser questionado pela jornalista Dasha Burns sobre o assunto, Trump inicialmente desconversou. Disse que não iria comentar sobre e declarou que Maduro “enviou aos [Estados Unidos] milhões de pessoas [oriundas] de prisões, muitos traficantes e de instituições psiquiátricas” sem, no entanto, fornecer dados ou informações que provassem sua afirmação. Ele ainda culpou o seu antecessor Joe Biden pela forma que lidou com a imigração ilegal em sua gestão, de 2021 a 2024.
Ao ser novamente questionado por Burns, Trump então afirmou “não querer” liderar uma invasão norte-americana ao território venezuelano. A jornalista perguntou também sobre os objetivos do republicano na Venezuela. O presidente dos EUA disse que não iria falar sobre “estratégias militares”.
Trump ainda afirmou que poderia ampliar as ações militares a países na América Latina e no Caribe que ele considera ligados ao narcotráfico, como México e Colômbia.
Nas últimas semanas, a tensão entre Venezuela e Estados Unidos aumentaram com a presença de tropas norte-americanas no Caribe e declarações duras de Washington e Caracas. Trump ainda chegou a afirmar, em 29 de novembro, que o espaço-aéreo venezuelano deveria ser “considerado fechado”. O governo local classificou a declaração como uma “agressão ilegal”.
A entrevista iniciou tratando sobre a Guerra na Ucrânia. Trump voltou a culpabilizar a administração de Joe Biden pelo conflito. Afirmou que “se ele fosse presidente à época” a Rússia não teria invadido a Ucrânia.
Trump afirmou que a proposta de paz formulada pelos Estados Unidos está com o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky.
Ele também defendeu que a Ucrânia realize novas eleições. O mandato de Zelensky já finalizou, mas, por o país estar em estado de sítio desde a invasão russa em fevereiro de 2022, um novo pleito não foi marcado.
O presidente dos Estados Unidos ainda criticou como os países europeus lidam com o conflito. “Eles falam, mas não fazem nada e a guerra continua sem parar”, declarou ao Politico.
O republicano também comentou sobre a política imigratória em países europeus, que classificou como “desastrosa”, e comparou com as ações implementadas nos EUA. “Passamos de milhões de pessoas para ninguém, ao contrário da Europa, as pessoas vão de todas as partes do mundo”, disse.
Trump ainda disse que o prefeito de Londres, Sadiq Khan, “é um desastre”. Afirmou que o líder londrino só foi eleito porque “muitas pessoas entraram” no Reino Unido e “eles votam nele”. Khan é filho de imigrantes paquistaneses.
“Acho que eles são fracos […] a Europa, eles querem ser politicamente corretos, e isso os enfraquece”, disse Trump ao se referir ao prefeito de Londres e à presidente da Câmara Municipal de Paris, Anne Hidalgo.
Ao ser questionado sobre que “nota atribuiria” a sua política econômica, Trump afirmou que seria um “A+” (avaliação acadêmica máxima nos EUA, equivalente a um 10).
Burns apresentou ao republicano a opinião de uma eleitora que, apesar de considerar o trabalho na economia ótimo, avalia que os preços de produtos e serviços nos Estados Unidos “estão subindo mais rápidos do que os salários”.
Trump confirmou que considerar isentar impostos em alguns produtos. No entanto, também afirmou que pretende aumentar tarifas aplicadas contra outras importações.
Fonte: Jovem Pan News




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