Dourados deve superar 95% de cobertura de esgoto em dois anos, diz Sanesul
Dourados atingiu a meta do Marco Legal do Saneamento oito anos antes do prazo estabelecido, alcançando 90,07% de cobertura de rede de esgoto. A partir de agora, a previsão da Sanesul – empresa concessionária do serviço de saneamento básico -, é ampliar esse alcance atingindo entre 95% e 97% nos próximos dois anos, com investimentos já garantidos ou ações em andamento.
Estão em execução 42 km de rede, sendo que 30 km já foram concluídos, com investimentos de R$ 40 milhões, abrangendo os bairros Parque das Nações, Jardim do Bosque, Canaã 4, Jardim Clímax e Jardim São Cristóvão.
Além disso, são licitados mais cerca de R$ 18 milhões em investimentos via Seilog (Secretaria de Estado de Infraestrutura e Logística) com gestão da Sanesul, que devem ter ordem de serviço assinada no começo de 2026. Somado a isso, ainda há a ampliação da ETE (Estação de Tratamento de Esgoto) – Ipê, localizada próximo ao Distrito Industrial, que vai dobrar a capacidade da estrutura com aplicação de R$ 27 milhões de reais.
“É muito dinheiro para pouco percentual, mas cada ponto percentual desse são 1 mil ligações de esgoto que, a rigor, atendem entre 4 e 5 mil pessoas, já que as ligações são por moradia. Então a gente acredita que vai encerrar os próximos dois anos passando dos 96% a 97%. Está pertinho dos 100%, até porque demora para alcançar essa marca, visto que a cidade está sempre crescendo um pouquinho e quando a gente atinge a meta, a cidade cresceu”, explicou o diretor-presidente da Sanesul, Renato Marcílio.
Ele ainda lembra que a verticalização da cidade, inclusive em bairros mais antigos, requer somente um redimensionamento usando a rede que já existe, sendo o principal desafio em Dourados o crescimento horizontal.
“A cidade cresceu espalhada nos últimos tempos, nós autorizamos, demos carta de viabilidade, para 40 novos empreendimentos, ou seja, novos loteamentos. É nessas oportunidades que vemos a expertise da empresa e a capacidade para implantar rede em um bairro novo, levando água e buscando esgoto”, complementou.
Diretor-presidente da Sanesul, Renato Marcílio, em visita ao Dourados News – Foto: Clara Medeiros / Dourados News
MANUTENÇÃO, OBRAS E ASFALTO
O diretor-presidente ainda relatou que a empresa está atenta aos problemas de reposição asfáltica, por onde passam as obras e são feitas manutenções na rede, mas alega que são pontuais e que há iniciativas para solucionar a questão. “Estamos trabalhando para diminuir. Nos últimos três anos, nós fizemos 93 km de redes, ou seja, é como se tivéssemos 93 km de vala aberta que sairia daqui até Nova Alvorada do Sul, praticamente. Se a gente pensar na extensão disso e ver onde teve problema, esses problemas são pequenos perto da extensão do nosso trabalho”, complementou.
Ele ainda esclarece que compreende que existem locais em que o trabalho de reposição tem problemas, mas lembra que a empresa consegue mais agilidade quando é algo que ela executou diretamente, sendo que os serviços feitos por terceirizadas precisam de protocolos e procedimentos para que seja requerida a solução e que isso pode demorar.
“Eu tenho que notificar a empresa, pedir para fazer ou retenho a medição ou multo, mas normalmente ela nos atende, vai lá e recupera. Demora só mais um pouquinho esse trabalho, porque não é um trabalho industrial, é um trabalho a céu aberto. Às vezes você abre a vala e chove, enche de água e precisa secar. A população quer que feche logo porque é um buraco incomoda, mas é um processo muito artesanal, então a gente tem tentado alternativas”, explicou.
Marcílio lembra que a empresa já está trabalhando com processos não-destrutivos, porém ainda é mais caro que o trivial e não pode ser feito em todos os lugares, além de disso alega que há busca pela contratação de terceirizadas qualificadas para as obras, respeitando o que diz a Lei de Licitações.
MARCO LEGAL
Para alcançar este ano a meta para 2033, prevista no Marco Legal do Saneamento, a Sanesul elenca fatores como uma política de governo com resiliência e obstinação dos funcionários da empresa. “O ganho é para a população de Dourados, é saúde para todo mundo, bem-estar e respeito ao meio ambiente”, destaca.
Entre as ações estratégicas, o diretor-presidente destaca a manutenção das despesas em um patamar razoável, para permitir um investimento entre 20% e 25% da receita. Além disso, foram feitos financiamentos de longo prazo com linhas de crédito via BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) e FCO (Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste). Este ano, o investimento ficou em R$ 170 milhões e para o ano vem a perspectiva é de R$ 280 milhões.
Fonte: Dourados News




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