Política Estadual de Financiamento Hospitalar reorganizou repasses, aprimorou o papel dos hospitais e avançou na formalização dos contratos em 2025
A implantação da Pehosp (Política Estadual de Financiamento Hospitalar) estruturou, em 2025, um novo modelo de repasses aos hospitais da rede SUS (Sistema Único de Saúde) em Mato Grosso do Sul. O novo formato já em execução traz duas modalidades: uma fixa, voltada à manutenção dos serviços essenciais, e outra variável, vinculada à produção informada por cada unidade. O investimento anual previsto pela SES para execução da política é de aproximadamente R$ 198,5 milhões. O modelo considera porte, perfil assistencial, capacidade operacional e integração às Redes de Atenção à Saúde.
A política estabelece critérios que contemplam pronto-atendimento 24h, cirurgias, partos, leitos clínicos, UTIs e outros serviços essenciais. Também reorganiza o papel dos hospitais dentro das RAS (Redes de Atenção à Saúde), distribuindo funções entre unidades locais, de apoio e regionais.
Durante sua consolidação, foram definidos parâmetros de produção, faixas de financiamento, limites de contratação e perfis assistenciais compatíveis com a capacidade instalada de cada hospital.
Novo ciclo
Ao longo de 2025, a SES avançou na formalização dos contratos previstos pela política. Entre as 65 unidades aptas, 64 manifestaram interesse formalizando adesão. “O movimento consolidou a transição para um modelo que combina previsibilidade financeira e reconhecimento da produção assistencial registrada nos sistemas oficiais do SUS”, explica a Superintendente de Atenção Hospitalar da SES, Angélica Congro.
Secretária adjunta de Estado de Saúde, Crhistinne Maymone, acrescenta que o novo modelo trouxe também investimentos na rede hospitalar, como ampliações estruturais, aquisição de equipamentos e implantação de novos blocos hospitalares, reforçando capacidade de atendimento, segurança e resolutividade.
“Ainda no final de 2025, a Pehosp já se consolida como uma das principais políticas estruturantes da Nova Arquitetura da Saúde, preparando a rede hospitalar para iniciar, em 2026, um ciclo de financiamento mais estável, organizado e conectado à realidade assistencial de cada região do Estado”, afirmou Crhistinne.
Critérios claros
Secretário de Estado de Saúde, Maurício Simões, relembra que a construção da política foi decisiva para garantir transparência, organização e equilíbrio no financiamento hospitalar. De acordo com ele, a Pehosp foi desenvolvida pelas áreas técnicas da SES de forma amplamente participativa, com o envolvimento de prefeituras, gestores municipais de saúde, dirigentes hospitalares e o Conselho Estadual de Saúde, promovendo durante o processo debate em diversas instâncias de pactuação e diálogo federativo.
“A nova política hospitalar foi amplamente discutida e construída de forma conjunta, unindo a base técnica da SES à realidade política e de gestão dos municípios. O modelo foi debatido entre os diversos setores, apresentado na Assembleia Legislativa, na CIB (Comissão Intergestores Bipartite), no Conselho Estadual de Saúde, na Assomasul e em encontros com gestores municipais e dirigentes hospitalares. Esse processo de construção participativa assegurou que a política seja sólida, realista e capaz de fortalecer o SUS em todo o Mato Grosso do Sul”, finalizou Simões.
Danúbia Burema, Comunicação SES
Fotos: Arquivo SES




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