Em conversa com jornalistas na manhã de hoje, o líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), fez uma avaliação política mais abrangente do ano legislativo. O parlamentar, afirmou que o governo conclui 2025 em uma posição mais confortável no Congresso em comparação aos períodos de maior dificuldade enfrentados ao longo dos últimos meses. De acordo com Guimarães, mesmo diante de conflitos e reveses pontuais, o Palácio do Planalto conseguiu restabelecer o diálogo, reorganizar sua base de apoio e avançar em agendas consideradas estruturantes para 2026, ano eleitoral. “Terminamos o ano com um saldo político positivo e a relação foi retomada. Houve acirramento, mas o diálogo foi vitorioso. A relação do governo com a Câmara termina em outro patamar”, disse Guimarães.
O petista afirmou que o cenário mudou depois de um trabalho de articulação política, com envolvimento direto do presidente Lula (PT) e do ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Como exemplo, Guimarães mencionou uma reunião realizada na última segunda-feira entre ele, Haddad e Motta, na qual foram discutidos o projeto de redução das renúncias fiscais e a regulamentação da reforma tributária — ambas matérias de interesse do Governo para o aumento da arrecadação em 2026.
Sobre o trabalho de Hugo Motta (Republicanos-PB) à frente da presidência da Câmara, Guimarães tratou a ocupação da Mesa Diretora por parlamentares Bolsonaristas como um fato pontual. Segundo ele,o resultado da gestão tem que ser medido no final, e a casa legislativa deve sair fortalecida sob a gestão do Republicano.
A reaproximação entre o Presidente da Câmara e o Executivo ocorre ao mesmo tempo em que o Palácio do Planalto faz mudanças na Esplanada dos Ministérios, com a substituição no comando do Ministério do Turismo. Na quarta-feira, Lula anunciou a saída do então ministro Celso Sabino do cargo. Um dia antes, Lula havia telefonado para o presidente da Câmara para informá-lo sobre a decisão. Para o lugar de Sabino, deve ir Gustavo Feliciano, filho do deputado Damião Feliciano (União Brasil-PB) que é aliado de Hugo Motta.
Questionado sobre a aprovação do projeto da Dosimetria no Senado, Zé Guimarães afirmou que todos os parlamentares da bancada do Partido dos Trabalhadores (PT) votaram contra a aprovação do projeto, mas reconheceu que houve ruído dentro do próprio partido. A ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, criticou o líder do governo no Senado, senador Jaques Wagner (PT-BA), pela condução do projeto. Para o líder, “houve um acordo de procedimento na CCJ, e não de conteúdo. Me parece que faltou esse diálogo prévio — disse Guimarães.
Para 2026, Zé Guimarães, afirmou que a prioridade do Governo será em temas que já estão sendo debatidos no Congresso, como: o fim da escala 6×1, a PEC da Segurança e o Projeto de Lei Antifacção.
Fonte: Jovem Pan News




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