Representantes diplomáticos da Coreia do Sul e da Rússia realizaram uma reunião sigilosa em Moscou, nos últimos dias, com o objetivo de abordar o desenvolvimento do programa nuclear da Coreia do Norte. A informação foi revelada pela agência de notícias Yonhap, que identificou uma movimentação estratégica de Seul para tentar restabelecer conversas com o regime de Kim Jong-un a partir de 2026.
O encontro contou com a presença de um oficial do Ministério das Relações Exteriores sul-coreano e de Oleg Burmistrov, embaixador especial russo para a segurança no Extremo Oriente. Segundo fontes ouvidas pela agência, além da pauta nuclear, foram debatidos outros tópicos de segurança regional de interesse mútuo, cujos detalhes não foram especificados.
A iniciativa sul-coreana baseia-se na percepção de que a Rússia, devido aos laços estreitados com Pyongyang durante a guerra da Ucrânia, possui capacidade diplomática para moderar as ações de Kim Jong-un. A expectativa é que o Kremlin possa exercer um papel construtivo para garantir a estabilidade na Península Coreana e convencer o Norte a retornar à mesa de negociações.
O cenário geopolítico atual é complexo. A Coreia do Norte, uma das nove potências nucleares globais, tem expandido seu arsenal e fornecido suporte militar a Vladimir Putin. Em contrapartida, Moscou tem transferido conhecimento técnico militar aos norte-coreanos. Paralelamente, o presidente sul-coreano, Lee Jae-myung, que assumiu o cargo em junho, mantém a promessa de campanha de buscar a distensão e o diálogo com o vizinho ao norte.
Esta reunião marca apenas o segundo contato direto entre autoridades de Seul e Moscou desde o esfriamento das relações bilaterais em agosto de 2024, motivado pelo envio de tropas norte-coreanas para o fronte ucraniano. Até o fechamento desta matéria, nenhum dos governos envolvidos emitiu pronunciamento oficial sobre o encontro.
Fonte: Jovem Pan News




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