MS adota reconhecimento facial com padrão FBI no sistema prisional

Desenvolvido por policiais penais, novo sistema automatiza entrada e saída de internos, processando até 20 pessoas por minuto com integração total ao SIAPEN.

Mato Grosso do Sul está modernizando o controle de suas unidades penais com um novo sistema de reconhecimento facial de padrão internacional. A tecnologia, desenvolvida pelos próprios policiais penais do estado, utiliza métodos de processamento de imagens compatíveis com os do FBI, garantindo um dos níveis mais altos de confiabilidade biométrica do mundo.

A solução foi criada para otimizar as rotinas operacionais, eliminando falhas humanas na identificação de internos e agilizando processos de liberação para trabalho externo e progressões de regime.

⚙️ Inovação e Integração Tecnológica

O sistema não funciona de forma isolada; ele está 100% integrado ao SIAPEN (Sistema Integrado de Administração do Sistema Penitenciário), a plataforma central de dados da Agepen.

  • Agilidade: Capacidade de identificar até 20 internos por minuto.

  • Segurança: Redução drástica de riscos de falsos reconhecimentos ou erros em alvarás de soltura.

  • Rastreabilidade: Todos os acessos são auditáveis, gerando logs precisos de quem entrou ou saiu e em qual horário.

  • Custo-Benefício: Tecnologia pública, desenvolvida por servidores da casa, sem dependência de licenças privadas caras.

📍 Onde o sistema já opera

Atualmente, a tecnologia está focada em unidades onde a circulação diária de internos é elevada, especialmente para o trabalho:

  1. Centro Penal Agroindustrial da Gameleira (CPAIG): Controle diário de mais de 600 internos que realizam trabalho externo.

  2. Estabelecimento Penal Feminino (Regime Semiaberto/Aberto): Monitoramento de internas que saem para trabalhar e retornam para o pernoite.

  3. Dourados (Em implantação): O sistema está sendo instalado no Estabelecimento Penal Masculino de Regime Semiaberto e Aberto da cidade.

🗣️ Impacto na Ponta

Para os diretores das unidades, a mudança foi “imediata e resolutiva”. Ricardo Teixeira, diretor do CPAIG, destaca que o mecanismo resolveu uma demanda antiga de agilidade para a liberação dos presos trabalhadores. Já Cleide Nascimento, diretora da unidade feminina em Campo Grande, reforça que a automação fortaleceu os procedimentos de segurança e a disciplina judicial.

A Agepen planeja expandir o reconhecimento facial gradualmente para todas as unidades prisionais do estado, adaptando a ferramenta às necessidades de segurança máxima, regime fechado e controle de visitantes.

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