Solidariedade na Sorte: Bolão de Dourados vira referência nacional com a criação da ‘Cota Social’
O que move centenas de pessoas a participarem de um bolão de loteria? Para muitos, é o sonho da independência financeira. Mas, para os participantes do bolão organizado por Ademir Almeida, em Dourados, a aposta carrega um propósito maior: a Cota Social. O modelo, que destina uma fatia igualitária do prêmio para instituições e projetos beneficentes, deixou de ser uma ideia isolada para se tornar uma tendência em grupos de apostas por todo o Brasil.
De um grupo de amigos ao reconhecimento internacional
A trajetória de Ademir com os bolões começou de forma despretensiosa, com um pequeno grupo de amigos do trabalho. O sucesso foi tamanho que, após uma vitória em 2019, o grupo ‘explodiu’. Hoje, a iniciativa profissionalizou-se e rompeu fronteiras.
Atualmente, o bolão conta com participantes de todos os 27 estados brasileiros e de quatro países: França, Portugal, Estados Unidos e Reino Unido. “A credibilidade vem da transparência. Sou uma pessoa pública, com redes sociais abertas, e todos que ganharam prêmios menores ao longo do ano receberam cada centavo corretamente”, afirma Ademir.
O Pioneirismo da Cota Social
O grande destaque da edição deste ano é a consolidação da Cota Social, um conceito que Ademir afirma ter instituído de forma pioneira. O funcionamento é simples, mas de alto impacto: em um grupo de 100 participantes, o prêmio é dividido em 101 partes. A centésima primeira parte é a Cota Social.
“Se cada participante receber R$ 1 milhão, a Cota Social também terá R$ 1 milhão garantido para ajudar quem precisa”, explica o organizador.
O destino desse recurso já tem alvos certos, focados principalmente em instituições de assistência e saúde:
Lar do Idoso e Ebenezer; Apae; custeio de cirurgias e tratamentos para crianças com doenças raras; reforma de casas para famílias em situação de vulnerabilidade (como vítimas de incêndios).
Um legado para a cidade: Praças e Playgrounds
Além das doações diretas, Ademir planeja eternizar o prêmio através de infraestrutura comunitária. Pai após os 40 anos, ele conta que sua sensibilidade em relação ao bem-estar infantil cresceu drasticamente. O projeto inclui a construção de praças em terrenos públicos, equipadas com gramado e playgrounds de qualidade.
“Já tenho um projeto piloto que cuido há 20 anos. Recentemente, investi do próprio bolso para colocar balanços e escorregadores, e a frequência de crianças é linda de ver. Com a Cota Social, quero construir pelo menos quatro praças de alto nível em Dourados”, projeta Ademir.
Apostas
Para aumentar as chances de transformar esses planos em realidade, o bolão não economiza na estratégia. O grupo foca em bilhetes de 20 dezenas — o limite máximo permitido pela Caixa Econômica Federal — cujo valor de registro beira os R$ 300 mil.
Essa combinação de estratégia técnica com responsabilidade social é o que, segundo Ademir, tem inspirado outros organizadores de bolões familiares e empresariais a adotarem a cota solidária em seus próprios jogos.
Serviço: Como participar
Para os interessados em conhecer mais sobre o projeto ou participar dos grupos remanescentes, o contato pode ser feito através da central de atendimento:
Central de Bolões: (67) 99125-6399
Contato Ademir Almeida: (67) 98190-3001
Fonte: Dourados News




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