Alguma ESPERANÇA para nós? Acorda, Brasil!
As bancadas da oposição da Câmara e do Senado pretendem usar as denúncias sobre o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), pela suposta atuação relacionada ao Banco Master para impulsionar pedidos de impeachment contra o magistrado. Além do afastamento do ministro, parlamentares também articulam a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar o caso. Finalmente, alguma justiça por aqui? Será que agora vai? (Fonte: gazetadopovo.com)
OS PEDIDOS de impeachment, agora, se baseiam em suspeitas de crime de advocacia administrativa e relações financeiras entre o banco e o escritório da família de Moraes. Advocacia administrativa é o crime de usar um cargo público para patrocinar um interesse privado em relação à administração pública. O primeiro pedido foi protocolado ainda na terça-feira (23) pela senadora Damares Alves (Republicanos-DF), que também enviou uma petição à Procuradoria-Geral da República (PGR).
Já o senador Alessandro Vieira (MDB-SE) anunciou que pretende iniciar, após o recesso, a coleta de assinaturas para uma CPI no Senado destinada a investigar a relação entre Moraes e o Banco Master. Em publicações nas redes sociais, o parlamentar afirmou que o objetivo é apurar “notícias sobre um contrato fora do padrão da advocacia” – mais de 120 milhões para a esposa! – e a possível atuação direta do ministro junto a órgãos do governo. Sem dúvidas, um escândalo! (Fonte: oglobo.com.br)
Para o deputado Kim Kataguiri (União-SP), que afirmou já ter assinado o pedido de CPI da Câmara, “Ministro do Supremo não interfere em supervisão bancária nem em política monetária. Isso não existe. Em país sério, isso é motivo de prisão preventiva. Eu já assinei a CPI do Banco Master e solicitei a lista de quem já assinou, para pressionar quem ainda não assinou. Esse escândalo atinge o topo do sistema — Judiciário, Executivo e Legislativo — e, justamente por isso, não pode morrer”.
NA MESMA linha de pensamento, o deputado Sargento Fahur (PSD-PR) elevou o tom contra Moraes e defendeu o afastamento imediato do ministro, caso as suspeitas se confirmem. “Fosse um país sério, o ministro Alexandre de Moraes seria expulso a pontapés da Suprema Corte. Ele está encalacrado com o escândalo do Banco Master. Praticamente advogou para o banco. O Brasil precisa passar isso a limpo”… Será que Moraes ficará intocável mais uma vez? (Fonte: revistaoeste.com)
As suspeitas se intensificaram após a divulgação de informações de que o ministro Alexandre de Moraes teria procurado o presidente do Banco Central do Brasil, Gabriel Galípolo, em ao menos quatro ocasiões para tratar de temas de interesse do Banco Master. É realmente algo muito sério e grave um juiz fazer isso! O caso foi revelado pelo jornal O Globo: os contatos teriam ocorrido quando o BC já havia identificado indícios de irregularidades graves na instituição financeira. E agora, como fica?
Em setembro, o Banco Central vetou a tentativa de compra do Banco Master pelo Banco Regional de Brasília (BRB), alegando ausência de documentos que comprovassem a viabilidade econômico-financeira da operação. Dois meses depois, o controlador do banco, Daniel Vorcaro, foi preso pela Polícia Federal no âmbito da Operação Compliance Zero, que investiga fraudes contra o sistema financeiro. Foi preso, mas rapidinho já foi solto, né? Por que será? Encontros nos bastidores? Imagina!
AS APURAÇÕES indicam que as irregularidades podem chegar a R$ 17 bilhões, incluindo o repasse de cerca de R$ 12,2 bilhões em créditos considerados inexistentes ou sem lastro. “Os fatos, tais quais noticiados, são graves e, justamente por isso, exigem reflexão e tratamento rigorosamente republicanos, à luz da Constituição Federal, da Lei Orgânica da Magistratura e do Código de Ética da Magistratura Nacional”, cobrou a associação de juristas Lexum. Claro, juízes não podem estar acima da Lei!
O novo pedido apresentado pela oposição se soma a um estoque já volumoso de representações protocoladas no Senado contra ministros do Supremo Tribunal Federal. Desde 2021, a Casa acumula 81 pedidos de impeachment contra integrantes da Corte, todos paralisados na Presidência do Senado, sem despacho para abertura de processo nem decisão formal de arquivamento. O ministro Alexandre de Moraes lidera com folga a lista de alvos: 43 pedidos já foram protocolados contra ele.
Na sequência aparece o agora aposentado Luís Roberto Barroso, com 20 pedidos, e o ministro Gilmar Mendes, com 10 representações. Contudo, o caso envolvendo o Banco Master altera o cenário, pois agora a combinação de fatos objetivos amplamente divulgados pelos grandes veículos de comunicação — como contratos milionários, investigações da Polícia Federal e registros de reuniões com autoridades do Executivo — torna politicamente mais custoso ao Senado ignorar a denúncia.
A OPOSIÇÃO aposta que o tema passará a ocupar o centro do debate institucional em 2026, aumentando o desgaste do STF e do próprio Congresso caso as denúncias permaneçam sem resposta. “Esperamos que o Senado Federal, desta vez, seja imparcial e capaz de apurar os fatos, até para provar, se for o caso, a inocência do ministro. O Brasil não pode conviver com sombras de dúvidas sobre aqueles que deveriam ser os guardiões da Justiça”, disse o deputado Cabo Gilberto (PL-PB).
Quando Bolsonaro surgiu como candidato à presidência, e depois como presidente eleito, diversos setores da sociedade – como a grande mídia, academia, artistas em geral – entraram em pânico e passaram a lutar, com todos os meios, para inviabilizar o seu governo. Na interpretação da esquerda, Bolsonaro era um Hitler, um ditador e, mesmo não tendo feito nada que justificasse o alegado “fascismo”, precisava ser retirado do governo, a qualquer preço, por ameaçar a hegemonia esquerdista.
Era preciso “salvar a democracia”, e para isso legitimou-se uma série de medidas de exceção, como a volta da censura e uma clara perseguição à direita (políticos, jornalistas, manifestantes e formadores de opinião), com prisões arbitrárias, o desrespeito ao devido processo legal, dentre outras medidas abusivas, ilegais e inconstitucionais. Existe Estado Democrático sem respeito ao Estado de Direito? Enfim, para salvar a democracia decidiram que valia a pena, inclusive, destruir a própria democracia.
AINDA É difícil saber no que dará o escândalo do Banco Master, mas o mais surpreendente não foi a revelação de possíveis atos de corrupção; desde quando isso é surpresa por aqui? O fato mais surpreendente é que alguns jornalistas da chamada “grande imprensa” resolveram (antes tarde do que nunca) voltar a praticar o jornalismo sério, profissional – e imparcial? Coincidentemente, após a prisão de Bolsonaro, Moraes deixou de ser o protegido, “salvador” da democracia, acima de qualquer suspeita?
Alguns deles estão com receio, meio claudicantes, porque agora têm um pouco de medo do monstro que alimentaram. Mas, sem dúvida, é possível sentir que há algo estranho, uma postura diferente da turma do consórcio. É possível que, na cabeça desses jornalistas, nada tenha mudado. Ao menos essa é a minha interpretação: eles sempre souberam que apoiavam uma perseguição injustificável. MAS, para tirar o bozo, valia tudo; agora, podemos voltar à normalidade… (Gustavo Maultasch)
Não é à toa que, passada a prisão do alvo (Bolsonaro), o consórcio publicou uma série de editoriais clamando pela autocontenção do STF e pela volta à normalidade institucional. Agentes de poder não toleram grandes concentrações de poder; alguém começa a crescer demais em Brasília, e logo aparecem as matérias com escândalos para minar a projeção da figura eminente. Neste caso, esperamos realmente que haja uma resposta – como deve haver em qualquer caso que ultrapasse os limites da Lei.
Fonte: Dourados News




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